Brasil registrou 257 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+ em 2023

 

Em 2023 o Brasil continuou sendo o campeão mundial de mortes violentas de LGBT+, com 257 mortes documentadas, um caso a mais do registrado em 2022.

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Assim, o dado faz parte de um levantamento feito pelo Grupo Gay Bahia (GGB), a mais antiga Organização Não Governamental (ONG) LGBT da América Latina.

Com isso, de acordo com o grupo, as conclusões são baseadas em informações coletadas na mídia, em sites de pesquisa da Internet e correspondência enviada ao GGB, já que não existem estatísticas governamentais sobre esses crimes contra a população LGBT.

No ano passado, o Grupo Gay da Bahia (GGB) documentou a morte violenta de 127 travestis e transgêneros, 118 gays, 9 lésbicas e três bissexuais, totalizando 257 vítimas de crimes de ódio no Brasil.

Dessa forma, a distribuição das mortes violentas de pessoas da comunidade LGBT+ por região, o Sudeste assumiu a posição de região mais impactada pela primeira vez em 44 anos, registrando 100 casos, seguido pelo Nordeste, com 94, totalizando aproximadamente quatro vezes mais o número das demais áreas do país – Sul, com 24 óbitos, Centro-Oeste, com 22 e Norte, com 17.

A pesquisa mostra que em 2023, 85,9% das mortes violentas foram registradas como homicídios, o que representa 221 pessoas mortas. Nesse número, latrocínios e feminicídios foram incluídos.

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Além disso, segundo a pesquisa, 67% das vítimas tinham entre 19-45 anos ao serem assassinadas. O mais jovem tinha apenas 13 anos e o mais idoso tinha 78 anos. Em 2023 foram registrados 17 latrocínios (morte seguida de roubo), totalizando 6,61% dos registros. A média de idade das travestis e transexuais assassinadas em 2023 é de 31 anos.

Enquanto isso, a cor\etnia dos LGBT+ representam a variável menos citada dentre todos os dados demográficos. Apenas para 34% das vítimas há indicação de sua cor, citada para 76% das travestis e transexuais e apenas para 17% dos gays. Não se indica a cor de nenhuma das lésbicas e bissexuais assassinadas.

É bom lembrar que seguindo a classificação do IBGE, os LGBT+ brancos como categoria isolada é majoritária, 14,39%, seguida dos pardos 10,50% e pretos 10,89%.