Pesquisadores da Embrapa, da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), do instituto i17 e da Abiogás (Associação Brasileira do Biogás) estão trabalhando para melhorar a RenovaCalc, uma ferramenta que combina as melhores práticas, como as usinas de cana-de-açúcar, para que possam receber os chamados CBIOs (Créditos de Descarbonização). Cada CBIO representa uma tonelada de carbono evitado na atmosfera. O crédito foi criado em 2018 e faz parte da política do estado RenovaBio, de 2916, que reconhece a importância estratégica de todos os biocombustíveis (biodiesel, etanol, biometano, bioquerosene e segunda geração, entre outros).
Marília Folegatti, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, unidade em Jaguariúna (SP) e coordenadora do projeto, afirma que os pesquisadores descobriram que a versão inicial do RenovaCalc forneceu uma solução fácil e suficiente para o início da operação, “mas reconhecidamente com simplificações que mereceriam novos desenvolvimentos”. Em relação ao biometano, a primeira reunião foi realizada pela Embrapa no início de março dentro do projeto “Aprimoramento da contabilidade de carbono na RenovaBio”, financiado pela Finep e apoiado pelo Ministério de Minas e Energia.
A falta de informações técnico-científicas, como no caso da rota do biometano, levou a tais simplificações. Maria Auxiliadora Nobre, coordenadora de gestão da RenovaBio na ANP, afirma: “O crescimento da participação do biometano na Renovabio, nos últimos anos, é visto com muita satisfação pela ANP”. Ela também justifica o investimento de tempo e recursos para melhorar essa rota. A ANP acredita que, devido aos novos empreendimentos que estão sendo construídos, essa participação tende a aumentar. Após avaliações mais aprofundadas de seus efeitos e de sua compatibilidade com outras iniciativas internacionais, as melhorias sugeridas estão sendo avaliadas e poderão ser incorporadas à versão de uso da RenovaCalc, destaca Nobre.
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