Pesquisadores suíços criam gel que evita a ressaca e os efeitos do álcool

Nas manhãs seguintes a uma noite de excessos alcoólicos, é comum acordar com sintomas desagradáveis, como náusea, tontura e dor de cabeça. O culpado por essas sensações é o acetaldeído, uma substância, cerca de 20 a 30 vezes mais tóxica que o etanol em si. Mas, e se existisse uma maneira de se livrar do álcool sem passar por essa tortura?

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De acordo com um estudo publicado na última segunda-feira (14), no periódico especializado Nature Nanotechnology, pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, desenvolveram um gel inovador que, ingerido antes do consumo de bebidas alcoólicas, decompõe o etanol diretamente no intestino, o convertendo em ácido acético, substância muito menos prejudicial.

Normalmente, o fígado é o responsável por metabolizar o álcool. A primeira etapa desse processo envolve a enzima álcool desidrogenase (ADH), que transforma o etanol em acetaldeído. Essa substância, então, é quebrada pela aldeído desidrogenase (ALDH) em ácido acético, que por fim é eliminado do corpo.

O problema é que o acetaldeído é altamente tóxico e pode causar danos ao fígado, coração e outros órgãos. Além disso, ele é responsável pelos sintomas da ressaca. O gel desenvolvido pelos pesquisadores suíços atua diretamente no intestino, impedindo a formação do acetaldeído e, consequentemente, eliminando os sintomas da ressaca.

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Embora a promessa de eliminar a ressaca seja animadora, há um porém: o gel também impede a embriaguez. Isso porque o álcool só faz efeito quando chega à corrente sanguínea. Ao ser decomposto no intestino, ele não tem chance de chegar ao cérebro e causar os efeitos psicoativos desejados.

Para quem aprecia o sabor de bebidas alcoólicas sem necessariamente buscar a embriaguez, o gel pode ser uma alternativa interessante. Ele também pode ser útil em situações em que a ingestão de álcool é socialmente esperada, mas o indivíduo não se sente confortável em ficar bêbado, como em eventos corporativos ou festas familiares.

Por enquanto, os testes do gel foram realizados apenas em ratos, com resultados promissores. Os animais que usaram o produto antes de beber apresentaram níveis de álcool no sangue mais baixos do que aqueles que não o utilizaram.

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