A pele de tilápia está sendo utilizada no tratamento de Melancia, um filhote de anta que sobreviveu aos incêndios no Pantanal nos últimos meses. O animal, de seis meses, está sob os cuidados da equipe do Onçafari, no Pantanal Sul (MS), após sofrer queimaduras de segundo e terceiro graus nas patas, além de desidratação.
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Segundo o veterinário Ricardo Corassa Arrais, da equipe Onçafari, “o quadro tem evoluído de maneira positiva, com cicatrização satisfatória e ausência de infecção.”
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O método de cicatrização com pele de tilápia, pioneiro no Brasil, foi desenvolvido por médicos no Ceará e é utilizado tanto em humanos quanto em animais com queimaduras. A técnica envolve a aplicação da pele de tilápia diretamente sobre as lesões, seguida de cobertura com gaze e ataduras. O curativo é repetido a cada quatro a seis dias.
De acordo com Arrais, “usamos tilápias frescas e saudáveis, pescadas no dia. Removemos apenas a pele, que então passa por um processo de limpeza e fica refrigerada até o momento da aplicação.”
Além da pele de tilápia, Melancia recebe tratamento com pomadas e laserterapia para acelerar a cicatrização, cuidados realizados por profissionais do Onçafari, um centro de reabilitação e reintrodução localizado no refúgio ecológico Caiman, em Miranda (MS). Atualmente, o centro trata duas antas que sofreram queimaduras nos incêndios.
O tratamento de Melancia deve ser longo, e, após sua recuperação, o filhote precisará passar por um treinamento para garantir que possa ser reintroduzido na vida selvagem. A anta é considerada um animal vulnerável pela União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
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