Morgan Segui, um aventureiro francês que já interpretou o mascote da Copa de 1998, enfrentou sua maior provação em Timor-Leste.
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Após cair de um penhasco de 40 metros no Monte Manucoco, ele ficou gravemente ferido, mas encontrou forças no “instinto de mamífero” e na inesperada ajuda de cabras selvagens.
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“Senti que minha camiseta estava molhada, mas não sabia de onde vinha aquele líquido”, contou Segui ao programa de rádio Outlook, do Serviço Mundial da BBC.
“Quando toquei minha cabeça, percebi que parte do couro cabeludo estava solto, como se fosse uma banana descascada”, relembra ele. “Levei os dedos um pouco mais para cima e senti um buraco na cabeça. Imediatamente pensei: ‘vou morrer’.”
A queda deixou Segui com o couro cabeludo parcialmente desprendido, dedos quebrados e o braço imobilizado.
Perdido na selva, ele decidiu se inspirar na natureza, repousando e jejuando para conservar energia. Durante três dias, lutou contra a dor, o medo e alucinações.
No momento mais crítico, um grupo de cabras o guiou por um caminho seguro até o topo do penhasco.
Lá, ele encontrou uma plantação de abacaxis, que lhe deu forças para seguir. Finalmente, foi resgatado por um agricultor local, que interrompeu o funeral da própria filha para ajudá-lo.
A experiência transformou a vida de Segui, que hoje valoriza o essencial e apoia projetos de acesso à água potável na região. Ele narra sua jornada no livro Cinq Jours au Timor (“Cinco dias em Timor”, em tradução livre).
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