Médico vence o próprio câncer e cria tratamento que pode mudar o futuro do câncer cerebral

Richard Scolyer, patologista australiano, enfrentou a difícil realidade de ser diagnosticado com glioblastoma, um tipo de câncer cerebral extremamente agressivo. Com um prognóstico geralmente sombrio, onde a maioria dos pacientes não vive mais de um ano após o diagnóstico, ele agora compartilha uma conquista impressionante: a descoberta de um tratamento experimental baseado em suas próprias pesquisas sobre melanoma.

“Estava mais nervoso do que em qualquer ressonância anterior”, contou Scolyer à BBC. “É um grande alívio e uma alegria imensa ver os resultados. Não poderia estar mais feliz”, disse o médico, após o sucesso inicial do tratamento.

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O avanço é revolucionário, especialmente considerando as baixas taxas de sobrevivência associadas ao glioblastoma, que afeta cerca de 300 mil pessoas anualmente ao redor do mundo. Scolyer, que foi nomeado Australiano do Ano, compartilhou seu progresso com esperança, acreditando que seu caso poderia abrir portas para um novo tratamento para outros pacientes com câncer cerebral.

Em colaboração com a oncologista Georgina Long, Scolyer codirige o Melanoma Institute Australia, onde ambos foram pioneiros em tratamentos imunoterápicos que melhoraram as taxas de cura do melanoma avançado. A combinação de tratamentos que ele mesmo ajudou a desenvolver, agora aplicada em seu próprio caso, apresenta uma alternativa promissora para pacientes com câncer cerebral.

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O tratamento de Scolyer envolveu a imunoterapia, combinada com uma vacina personalizada feita especificamente para seu tumor cerebral. Embora tenha enfrentado complicações como ataques epilépticos e pneumonia, ele relata estar se sentindo mais saudável, até retornando à sua rotina de corridas diárias.

“Há muito tempo não me sentia tão bem”, afirmou. “Isso não significa que meu câncer tenha sido curado, mas é bom saber que ele não voltou. Isso me dá mais tempo para viver com minha esposa e filhos”, explicou com emoção.

Apesar de ainda estar sendo investigado, os dados obtidos a partir do tratamento de Scolyer são promissores e poderão abrir caminho para ensaios clínicos com outros pacientes de glioblastoma. Richard, grato pelo apoio da família e de sua equipe médica, conclui com otimismo: “Estou orgulhoso do que fizemos. Essa direção pode ser uma esperança para muitas outras pessoas”, finalizou.

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