Um estudo recente destacou a importância fundamental de um salário digno para a saúde mental e a qualidade de vida dos trabalhadores. Empresas desempenham um papel crucial ao proporcionar uma remuneração que vai além da mera sobrevivência, fomentando um ambiente onde os empregados possam viver de maneira qualitativa, principalmente em aspectos psicossociais.
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O salário digno se mostra como a ponte para assegurar necessidades fundamentais, como habitação, saúde, alimentação, descanso e lazer – direitos garantidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal brasileira.
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Entretanto, o Brasil, que figura entre os países com maior desigualdade de renda, enfrenta um panorama preocupante: cerca de um terço da sua população vive com uma renda que não cobre as necessidades básicas, conforme revela pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Trabalhadores com emprego formal se veem pressionados pela rotina e pelos crescentes custos de vida, o que acarreta recordes de endividamento e inadimplência.
O estudo questiona o que seria um salário justo, definindo-o como aquele que permite uma vida digna, com momentos de lazer e possibilidades de ascensão social e de economia para o futuro. Estima-se que um salário ideal no Brasil deveria girar em torno de R$ 3 mil, valor muito acima do mínimo atual de R$ 1,3 mil.
Ademais, a pesquisa revela a estreita relação entre a saúde mental dos trabalhadores e a dignidade salarial. O Brasil, com altos índices de transtornos de ansiedade – agravados durante a pandemia -, evidencia o impacto de fatores como assédio, excesso de trabalho, jornadas inflexíveis e medo do desemprego, especialmente quando o salário é insuficiente.
Diante disso, torna-se essencial que as corporações reconheçam a importância de implementar políticas de remuneração justas. Tal prática não deve ser vista apenas como uma obrigação legal ou moral, mas como um investimento na saúde mental e no bem-estar dos funcionários, contribuindo para uma sociedade mais saudável e equilibrada.
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