Greve de servidores administrativos da educação completa duas semanas

A greve dos servidores técnicos-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que entrou em seu 14º dia, continua a impactar significativamente as operações universitárias. Mais de 1.700 funcionários, desempenhando papéis cruciais como vigilantes, assistentes administrativos, psicólogos, assistentes sociais e físicos, aderiram à greve nacional da categoria para pressionar por melhorias nas condições de trabalho.

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Nivalci Barbosa, um representante dos servidores, destacou que a principal demanda é a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação. Além disso, há preocupações significativas com o Projeto de Lei da Reforma Administrativa, que propõe alterações nas regras para novos servidores públicos, incluindo a limitação da estabilidade no emprego e a facilitação da contratação de terceirizados.

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Recentemente, Barbosa participou de uma reunião com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, e a Ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, para discutir essas questões. “Houve consenso em alguns pontos, enquanto outros continuam em debate. Esperamos progresso nas próximas negociações”, explicou.

Em meio a essas negociações, os servidores também exigem um reajuste salarial, alegando defasagem em comparação com outros setores do funcionalismo federal. O governo ofereceu um reajuste de 9% distribuído ao longo de dois anos (2025 e 2026), mas sem aumento em 2024. Por outro lado, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sista-MS) exige um aumento anual de 10,5% a partir de 2024.

A greve, iniciada após uma resposta desfavorável do governo à contraproposta dos servidores, afeta diversos aspectos da UFMS, incluindo serviços administrativos, bibliotecas, manutenção de infraestrutura, laboratórios e outros serviços essenciais. Barbosa frisou a importância da educação e o papel vital dos servidores no funcionamento das universidades.

Além disso, a Associação dos Docentes da UFMS (Adufms) anunciou uma paralisação de professores e trabalhadores para o dia 3 de abril, com servidores do Instituto Federal de MS (IFMS) também aderindo ao movimento. A Adufms enfatizou a necessidade de uma “mobilização geral e irrestrita” para alcançar as demandas da categoria.

O suporte à greve foi evidenciado pela Reitoria do IFMS, que emitiu uma nota de apoio às reivindicações dos servidores, destacando a busca por uma reestruturação “justa e necessária” das carreiras.

Finalmente, se confirmada a greve dos docentes a partir de 15 de abril, como indicado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), os professores de universidades, institutos federais e centros federais de educação tecnológica podem se juntar aos técnicos-administrativos, intensificando ainda mais o movimento grevista.

Principais Reivindicações da Greve:

  • Reestruturação do Plano de Cargos e Carreira, incluindo recomposição salarial.
  • Reposição orçamentária das instituições.
  • Revogação de normativas contrárias ao direito de greve.
  • Implementação de jornada de 30 horas semanais.
  • Melhoria das condições para servidores aposentados.
  • Realização de concursos para reposição do quadro de funcionários.
  • Revisão das políticas de gestão dos Hospitais Universitários.
  • Normatização do artigo 76 da Lei 8.112/90 e outras demandas específicas da categoria.
  • Oposição à Reforma Administrativa proposta pelo governo.

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