Cientistas do Brasil desenvolvem células solares capazes de triplicar sua eficiência energética

O filme, composto por quatro camadas impressas em poucos minutos por uma impressora especial, passa por uma reação que o torna mais duradouro e estável. (Foto: Unsplash)

Plaquinhas verdes cobrem os três andares cinzentos do Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), localizado na zona sul de Curitiba. A maioria das pessoas não sabe que eles na verdade não param para transformar a luz do sol em energia elétrica.

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Há 35 anos, a produção de energia elétrica depende da utilização de células orgânicas, que possuem carbono na composição e são feitas de plásticos muito finos e flexíveis. No entanto, o Grupo de Dispositivos Nanoestruturados da UFPR (Dine) descobriu uma nova maneira de fazer painéis solares orgânicos. Esses materiais e processos têm a capacidade de triplicar a eficiência de conversão luminosa em elétrica (efeito fotovoltaico) em comparação com outros materiais.

A descoberta está sendo testada em laboratório e encontra-se em fase final de testes neste mês de Março. Por exemplo, placas que foram fabricadas antes desse registro foram colocadas nas janelas do Centro Politécnico da UFPR e impressas pela mineira Sunew, a única empresa na América que vende placas fotovoltaicas orgânicas.

Os pesquisadores do Dine acreditam que o registro da patente representa um avanço em relação às duas principais desvantagens do uso de células solares orgânicas: durabilidade e eficiência, que ainda são inferiores às células inorgânicas, que não possuem carbono na composição, como água e sais minerais. Esses obstáculos só podem ser superados pela descoberta de novos condutores.

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