Veneza tornou-se a primeira cidade do mundo a implementar um sistema de pagamento para turistas nesta quinta-feira (25) em um esforço para reduzir o excesso de pessoas que lotam seus canais. No entanto, alguns residentes protestaram contra a taxa, afirmando não querer viver em um parque temático.
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Do lado de fora da estação de trem e perto de uma passarela de entrada, foram colocadas placas avisando os visitantes que, antes de entrar nas ruelas estreitas de Veneza, eles tinham que pagar 5 euros (R$ 27).
A conselheira municipal de turismo e coesão social, Simone Venturini, afirmou que o plano ajudará Veneza a estabelecer “um novo equilíbrio” entre os residentes e os turistas em um só dia. No entanto, centenas de manifestantes locais tiveram uma visão diferente.
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A moradora Cristina Romieri expressou sua oposição à medida, afirmando que ela não fará nada para reduzir o excesso de turismo. Além disso, é uma regulamentação muito complicada e com muitas exceções, por isso será difícil aplicá-la.
Algumas centenas de pessoas marcharam pacificamente por uma das principais praças de Veneza para expressar sua oposição à nova medida, segurando faixas com os dizeres “Não ao ingresso para Vene-Land” e cantando “Aqui vivemos e aqui ficamos”. Na Itália, o dia 25 de abril é um feriado nacional, e é o primeiro dos 29 dias deste ano que as pessoas precisam comprar ingressos para poder visitar a cidade das 8h30 às 16h30.
Embora não haja filas nas entradas da cidade, os inspetores farão inspeções aleatórias e multarão quem não se registrar com multas de € 50 (R$275) a € 300 (R$1.600). A Itália está tomando várias medidas para controlar o fluxo de turistas, uma das quais é a iniciativa.
Uma autoridade da cidade disse que no ano passado, Veneza recebeu cerca de 20 milhões de visitantes, com metade deles hospedando-se em hotéis ou casas de férias, superando a população local, que atualmente é de cerca de 49 mil pessoas.
Os hóspedes e visitantes menores de 14 anos não pagam a taxa de entrada, mas precisam se registrar com antecedência. Isso não afeta os moradores, estudantes ou trabalhadores.
