Um estudo inovador conduzido por pesquisadores japoneses demonstrou a viabilidade do transplante de tecido renal de um feto de rato para outro ainda no útero da mãe. Publicado na última terça-feira (30), na revista BioRxiv e posteriormente no O Globo, o experimento marca um avanço promissor no campo do xenotransplante, onde órgãos de uma espécie são utilizados em receptores de outra.
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A equipe liderada pelo nefrologista Takashi Yokoo, da Escola de Medicina da Universidade Jikei, em Tóquio, realizou o procedimento utilizando tecido renal de rato geneticamente modificado para emitir uma proteína verde fluorescente, permitindo o rastreamento do tecido transplantado.
Dos oito filhotes testados, nenhum apresentou rejeição nos primeiros dez dias. No entanto, aos 18 dias, sinais de rejeição começaram a surgir, mas puderam ser controlados com medicamentos imunossupressores. Este marco na pesquisa sugere a possibilidade de transplantes de órgãos e tecidos diretamente no útero, abrindo novas possibilidades para o desenvolvimento de órgãos funcionais antes do nascimento.
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O objetivo final dos pesquisadores é aplicar essa técnica em fetos humanos com síndrome de Potter, uma condição que leva à insuficiência renal e à redução do líquido amniótico, muitas vezes resultando na morte do feto pouco após o nascimento. Com este avanço, abre-se a perspectiva de transplantes de rins fetais de porco em fetos humanos, potencialmente salvando e melhorando a qualidade de vida de pacientes afetados por essa condição.
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