O Banco Mundial lançou na última quinta-feira (09), um relatório que traça um caminho para reduzir as emissões de gases de efeito estufa do sistema agroalimentar global em quase um terço até 2030, utilizando ações acessíveis e já disponíveis. O documento, intitulado “Receita para um Planeta Habitável: Alcançando Emissões Líquidas Zero no Sistema Agroalimentar”, oferece um roteiro para as nações transformarem seus sistemas alimentares em motores de ação climática e desenvolvimento sustentável.
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“Embora a comida no seu prato seja saborosa, ela também representa uma parcela significativa das emissões que causam as mudanças climáticas”, afirma Axel van Trotsenburg, Diretor-Geral Sênior do Banco Mundial. “A boa notícia é que o sistema alimentar global pode curar o planeta, tornando os solos, os ecossistemas e as pessoas mais saudáveis, ao mesmo tempo que mantém o carbono no solo”, completa.
O relatório destaca que o sistema agroalimentar é uma fonte subutilizada de ações de baixo custo contra as mudanças climáticas. Ao contrário de outros setores, ele pode reduzir as emissões e remover naturalmente o carbono da atmosfera. Isso exige uma abordagem que abarque mudanças no uso de fertilizantes, energia, produção agrícola e pecuária, e embalagem e distribuição ao longo da cadeia de valor, do campo à mesa.
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Reconhecendo que os países alcançarão seus objetivos climáticos de diferentes maneiras, o Banco Mundial identifica um menu de soluções adaptadas às realidades de cada nação:
Países de Alta Renda:
Apoiar economias de renda média e baixa: Fornecer assistência técnica para programas de conservação florestal que geram créditos de carbono de alta integridade e redirecionar subsídios de fontes alimentares com altas emissões.
Países de Renda Média:
Adotar práticas mais ecológicas: Reduzir as emissões provenientes da pecuária e do arroz, investir em solos saudáveis e reduzir a perda e o desperdício de alimentos.
Países de Baixa Renda:
Evitar os erros dos países mais ricos: Investir em oportunidades climaticamente inteligentes para economias mais verdes e competitivas.exclamation
Preservar e restaurar florestas: Promover o desenvolvimento econômico sustentável, pois mais da metade das emissões agroalimentares desses países provêm do desmatamento para produção de alimentos.
O relatório estima que o investimento anual precisará aumentar para US$ 260 bilhões (aproximadamente R$ 1,3 trilhão) para reduzir as emissões agroalimentares pela metade até 2030 e alcançar emissões líquidas zero até 2050. Esse valor é o dobro do que é gasto anualmente em subsídios agrícolas, muitos dos quais prejudicam o meio ambiente.
Ao investir na transformação do sistema agroalimentar, os países podem gerar mais de US$ 4 trilhões (R$ 20,3 trilhões) em benefícios, incluindo:
- Melhorias na saúde humana
- Segurança alimentar e nutricional
- Empregos de melhor qualidade para agricultores
- Lucros para os agricultores
- Mais carbono retido em florestas e solos
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