Desmatamento na Amazônia cai 21,8% e atinge menor nível em 4 anos; Pantanal também registra redução

O desmatamento na Amazônia Legal brasileira apresentou queda de 21,8% entre agosto de 2022 e julho de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo dados consolidados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento por Satélite (Prodes) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada na região atingiu 9.064 km², equivalente ao tamanho da República de Chipre. Esse resultado representa a menor taxa anual de desmatamento desde 2019.

A queda no desmatamento na Amazônia em 2023 é parte de uma tendência de redução observada nos últimos anos. Desde o pico de 27.772 km² desmatados em 2004, o índice vem diminuindo constantemente. Em 2012, a taxa atingiu o menor nível da série histórica, com 4.571 km². No entanto, a partir de 2015, o desmatamento voltou a subir, chegando a 10.129 km² em 2019.

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Redução no Pantanal

O Pantanal, bioma que sofreu com incêndios devastadores entre 2019 e 2021, também apresentou queda no desmatamento em 2023. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, a área desmatada na região atingiu 723,13 km², uma redução de 9,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Supressão de vegetação nativa não florestal

Pela primeira vez, o Inpe divulgou dados de supressão de vegetação nativa não florestal na Amazônia. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, a área desmatada nesse tipo de vegetação foi de 584,9 km², queda de 19,5% em relação ao mesmo período anterior. A vegetação nativa não florestal representa 6,6% do bioma Amazônia e inclui formações como o lavrado em Roraima, trechos de cerrado e áreas de várzea.

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Cerrado

Apesar das quedas na Amazônia e no Pantanal, o desmatamento no Cerrado apresentou um aumento de 27% entre agosto de 2023 e abril de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia concentram as maiores áreas desmatadas nesse bioma.

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