Microsoft investe em reflorestamento no Brasil e comprará 3 milhões de toneladas créditos de carbono

A Microsoft fechou um acordo com a empresa brasileira de reflorestamento re.green. O contrato prevê a aquisição de 3 milhões de toneladas de créditos de remoção de carbono ao longo de 15 anos, marcando o segundo negócio da gigante da tecnologia com o Brasil nos últimos seis meses.

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A iniciativa concentrará esforços na restauração da cobertura florestal de 16 mil hectares de terras degradadas na Mata Atlântica. A re.green, que já possui 13 mil hectares disponíveis, agora buscará adquirir mais 3 mil hectares de área restaurável e 10,7 milhões de mudas de espécies nativas.

De acordo com a Bloomberg, o Brasil tem um potencial para compensar emissões de carbono devido ao seu clima tropical e vastas extensões de terras agrícolas degradadas. Estima-se que o país possa evitar a emissão de até 30,5 bilhões de toneladas métricas de CO2 equivalente até 2050, tornando-se líder mundial em potencial de redução de carbono através do desmatamento evitado, reflorestamento e agricultura.

Thiago Picolo, CEO da re.green, ressalta a vantagem competitiva do Brasil neste cenário: “O Brasil tem uma tremenda vantagem competitiva dada a quantidade de terras que temos e o clima. A empresa líder em restauração não sairá de Nova York ou Londres, vai sair do Brasil.”

A re.green, fundada há dois anos com a ambição de restaurar 1 milhão de hectares de florestas, recebeu um aporte de R$ 380 milhões de sócios como Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e da família Moreira Salles, entre outros investidores. Este acordo com a Microsoft representa seu primeiro contrato formal, marcando uma nova fase após investimentos em terras, mudas de espécies nativas e tecnologias de reflorestamento e monitoramento.

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Metade das terras a serem restauradas com a venda dos créditos para a Microsoft estão localizadas em áreas de Mata Atlântica na Bahia e no Maranhão, destacando a importância desse bioma para a biodiversidade e o clima. Bernardo Strassburg, co-fundador e cientista-chefe da re.green, enfatiza que nenhum outro bioma no planeta possui o mesmo impacto na preservação de espécies que a Mata Atlântica.

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