Artistas da Universal Music voltarão ao TikTok após novo acordo de licenciamento

A briga entre o TikTok e as questões de direitos autorais começou a atingir as gravadoras. Desta vez, as músicas que fazem parte do catálogo da Universal Music Publishing (UMGP) também estão foram removidas da plataforma, o que começou a acontecer em Fevereiro de 2024.

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A nova regra afetou 4 milhões de músicas que eram disponibilizadas no aplicativo. Desde que a nova medida foi adotada, obras de artistas como Adele, Ariana Grande, Harry Styles e SZA começaram a sumir do aplicativo. Isso também envolveu artistas de outras gravadoras, como Warner e Sony.

Já no início de Maio, as partes entraram em um acordo, devido as reclamações e prejuízos de ambos os lados. Descrevendo seu novo pacto como um acordo multidimensional, as empresas disseram que estão trabalhando “rapidamente” para devolver as músicas dos artistas da gravadora ao TikTok, e também disseram que se unirão para realizar novas oportunidades de monetização a partir dos crescentes recursos de comércio eletrônico do TikTok.

Eles “trabalharão juntos em campanhas de apoio aos artistas da UMG em todos os gêneros e territórios do mundo”, disseram as duas empresas em um comunicado conjunto.

O aplicativo de vídeo curto é uma ferramenta útil para marketing & promoção do setor musical. De acordo con a Midia Research, o TikTok é o site de música mais popular entre os jovens americanos de 16 a 19 anos, superando o YouTube e plataformas de streaming como o Spotify.

Tatiana Cirisano, analista sênior do setor de mídia musical, afirmou: “Aproximadamente um quarto dos consumidores norte-americanos dizem que escutam músicas que ouviram no TikTok.”

A Universal Music disse que seus artistas e compositores recebem apenas uma fração do que recebem de outras grandes plataformas.

A briga iniciou quando o TikTok informou que até 30% das músicas chamadas “populares” podem ser perdidas, enquanto outras 80% de todas disponibilizadas na rede social serão silenciadas daqui para frente. A Universal Music Group havia dito que o TikTok estava “tentando criar um negócio baseado em música, sem pagar o valor justo pela música”.

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A empresa chinesa, por sua vez, se defendeu, dizendo que “o TikTok tem firmado acordos que colocam os artistas em primeiro lugar com todas as outras gravadoras e distribuidoras. Claramente, as ações em benefício próprio da Universal não são do melhor interesse dos artistas, compositores e fãs.”

A gravadora afirma que o TikTok representará 1% de sua receita anual em 2023, ou aproximadamente 110 milhões de dólares. Por outro lado, de acordo com a mídia, o YouTube pagou 1,8 bilhão de dólares por conteúdo à indústria da música nos 12 meses que terminaram em junho de 2022.

Uma das principais artistas do Universal Music, Taylor Swift, permitiu que uma seleção de suas músicas retornasse ao TikTok enquanto promovia seu último álbum, “The Tortured Poets Department”, em um movimento que pode muito bem ter corroído seu poder de barganha.

Por meio de seu contrato de 2018 com a Universal, Swift detém os direitos autorais de suas gravações e tem o poder de distribuir suas músicas, de acordo com o Financial Times.

A Inteligência Artificial permaneceu um dos pontos mais controversos quando as conversas sobre licenças foram retomadas nas últimas semanas. A Universal afirmou que o TikTok está “inundado” con gravações criadas por IA, incluindo músicas criadas pelo usuários usando as ferramentas do TikTok.

Nesta quarta-feira (15), o TikTok e a Universal anunciaram que trabalharão juntos para garantir que o desenvolvimento da IA no setor musical não prejudice a arte humana e o dinheiro que esses artistas e compositores ganham.

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