Um novo método contraceptivo masculino, desenvolvido por pesquisadores do Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, revelou-se eficaz em testes preliminares com ratos de laboratório. Os resultados do estudo foram publicados na última quinta-feira (23), na revista Science, indicando que a técnica é não apenas eficaz, mas também reversível e com poucos efeitos colaterais.
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O estudo foi realizado com 12 ratos machos que receberam uma dose diária injetável do composto CDD-2807 durante 21 dias. Durante esse período, os ratos que receberam o contraceptivo não geraram ninhadas, mesmo estando no mesmo ambiente que fêmeas e se acasalando com elas. Exames realizados nos testículos dos ratos tratados com o CDD-2807 mostraram uma redução significativa na contagem de espermatozoides e uma diminuição dos gametas hiperativados, em comparação aos ratos não tratados. Além disso, os espermatozoides dos ratos que receberam o CDD-2807 apresentaram menor capacidade de movimento espontâneo.
Mecanismo de Ação
O composto CDD-2807 atua inibindo a proteína serina/treonina quinase 33 (STK33), presente em alta concentração nos testículos dos mamíferos. A dose adequada do medicamento permite que ele entre na corrente sanguínea, atravesse os testículos e reduza a hiperatividade dos espermatozoides. Os ratos submetidos ao tratamento não apresentaram sinais de toxicidade, e o composto não se acumulou no cérebro nem alterou o tamanho dos testículos, apontando para uma boa tolerância ao medicamento.
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Reversibilidade
Um dos aspectos mais promissores do novo método contraceptivo é sua reversibilidade. Após a suspensão do tratamento por 53 dias, os ratos voltaram a produzir ninhadas, indicando a recuperação da motilidade e do número de espermatozoides, bem como a retomada da fertilidade. “Após um período sem o composto CDD-2807, os camundongos recuperaram a motilidade e o número de espermatozoides e ficaram férteis novamente”, afirmou o patologista Courtney Sutton em comunicado à imprensa.
Embora ainda não haja previsão para o início dos estudos em humanos, os resultados positivos obtidos em animais são um passo importante rumo ao desenvolvimento de um novo contraceptivo masculino. Atualmente, as opções contraceptivas para homens são limitadas à vasectomia e ao uso de preservativos.
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