O professor Elliot Phebve, de 55 anos, foi o primeiro a receber uma vacina contra o câncer de intestino. Ele participou na última sexta-feira (31) de um estudo clínico na Inglaterra de um novo imunizante após remover o tumor e parte do intestino por meio de cirurgia e quimioterapia. O assunto repercutiu na imprensa brasileira nesta segunda-feira (03).
A vacina experimental contra o câncer colorretal usa a mesma tecnologia de mRNA da vacina contra o Covid-19 da Pfizer-BioNTech. Ela é construída a partir do estudo das mutações particulares do tumor em cada paciente.
Utilizando essas informações, os médicos criam uma vacina individualizada que é administrada por meio de infusões no hospital. Assim como as vacinas tradicionais utilizam partes do vírus para prevenir doenças, esta vacina utiliza proteínas inofensivas das células cancerígenas.
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Quando esses antígenos são introduzidos no corpo, espera-se que o sistema imunológico produza anticorpos contra eles, destruindo as células cancerígenas. A vacina ajuda o corpo a identificar e eliminá-las, para evitar que a doença volte a se manifestar.
Durante exames de rotina, o pai de quatro filhos foi diagnosticado com câncer colorretal. Ele afirmou em comunicado que participar desse estudo está alinhado com sua profissão como professor e com seu compromisso com a comunidade, desejando impactar positivamente a vida de outras pessoas e ajudá-las a alcançar seu potencial.
Diferente das vacinas tradicionais, que são universais, as vacinas contra o câncer precisam ser adaptadas a cada paciente devido às características únicas de cada tumor. A vacina utilizada por Phebve está sendo desenvolvida pelas empresas biofarmacêuticas BioNTech e Genentech, que fazem parte do Grupo Roche.
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Phebve recebeu sua imunização nos Hospitais Universitários Birmingham, um dos 30 hospitais na Inglaterra que participam da Plataforma de Lançamento de Vacinas contra o Câncer. A expectativa é que milhares de pacientes se envolvam nesse estudo com vacinas personalizadas contra o câncer, parte de um programa do NHS, o serviço de saúde do Reino Unido.
Embora os estudos de vacinas contra o câncer sejam relativamente novos, eles já demonstraram a capacidade de eliminar células tumorais residuais após a cirurgia e reduzir significativamente o risco de recidiva.
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