O projeto LignoSat Space Wood Project, iniciado em abril de 2020, está prestes a alcançar um marco significativo. Com o objetivo de testar a resistência da madeira às condições extremas da órbita baixa da Terra, o satélite experimental LignoSat, desenvolvido por cientistas da Universidade de Kyoto em parceria com a madeireira japonesa Sumitomo Forestry, tem lançamento previsto para setembro deste ano.
Segundo o jornal Japan Times, o LignoSat será enviado para a Estação Espacial Internacional (ISS), de onde será posteriormente colocado em órbita. Este satélite inovador é um pequeno cubo de 10 cm de lado, pesando cerca de um quilo, e foi construído usando uma técnica tradicional japonesa que dispensa parafusos e cola.
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Equipado com painéis solares, o LignoSat substitui partes tradicionalmente feitas de alumínio por madeira de magnólia, selecionada por sua resistência e facilidade de trabalho após testes comparativos com madeira de cerejeira e bétula.
Os testes iniciais, realizados em 2022, envolveram a exposição de amostras das três madeiras no espaço por aproximadamente 10 meses. As amostras retornaram à Terra em janeiro de 2023, onde passaram por uma série de análises detalhadas.
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Cerca de um mês após sua chegada ao laboratório orbital, o LignoSat será implantado a partir do módulo Kibo, do Japão. Os pesquisadores irão monitorar como o satélite se comporta no ambiente hostil do espaço, coletando dados sobre expansão, contração e degradação da madeira, além da temperatura interna e do desempenho dos equipamentos eletrônicos.
Se o LignoSat se mostrar eficaz, ele poderá abrir novas possibilidades para reduzir o impacto ambiental dos satélites que reentram na atmosfera terrestre. Tradicionalmente, esses equipamentos depositam partículas metálicas nocivas quando queimam ao reentrar. A madeira, por outro lado, pode oferecer uma solução mais ecológica, diminuindo a poluição gerada por satélites em desuso.
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