Um estudo recente, conduzido por pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, Imperial College de Londres e Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), revelou que carnes veganas e outros alimentos ultraprocessados de origem vegetal aumentam o risco de doenças cardiovasculares e morte. O estudo, publicado na revista Lancet Regional Health – Europe, utilizou dados do UK Biobank para analisar informações de mais de 118 mil pessoas.
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Embora dietas baseadas em vegetais sejam frequentemente promovidas por seus benefícios à saúde, a pesquisa indica que nem todas as substituições são benéficas. Itens ultraprocessados como pães industrializados, bebidas artificiais e margarinas, ao invés de produtos frescos, contribuem para o aumento dos riscos à saúde. Cada acréscimo de 10% de ultraprocessados na dieta está associado a um aumento de 12% no risco de morte por problemas cardíacos.
Em contrapartida, uma alimentação rica em alimentos vegetais não ultraprocessados, como frutas, legumes, grãos integrais e nozes, demonstrou uma redução de 7% no risco de doenças cardíacas e 13% na mortalidade por essas doenças. Este contraste destaca a importância de considerar o nível de processamento dos alimentos na dieta.
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Ultraprocessados, definidos como formulações industriais feitas de ingredientes artificiais e aditivos, são associados a diversos problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, e transtornos mentais. Estima-se que esses alimentos representam 21,6% da alimentação no Brasil e até 25% das refeições diárias de crianças menores de 5 anos. Os dados são do Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde) e do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), do Ministério da Saúde.
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