Engenheiros da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, desenvolveram microrrobôs capazes de nadar pelo pulmão e transportar medicamentos contra o câncer diretamente aos tumores em metástase. O estudo, publicado na revista Science Advances, revelou resultados promissores em testes com camundongos vivos.
Os microrrobôs são nanopartículas feitas de esferas de polímero biodegradável, carregadas com o quimioterápico doxorrubicina. Essas partículas são acopladas à superfície das células de algas verdes, que possibilitam o movimento dos robôs e sua locomoção nos pulmões dos animais.
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Uma das características importantes desses microrrobôs é o revestimento com membranas de glóbulos vermelhos, proporcionando uma “camuflagem” no organismo para evitar respostas do sistema imune. Esse revestimento faz com que as nanopartículas se assemelhem a glóbulos vermelhos do corpo humano, evitando reações imunológicas.
Nos testes realizados, os camundongos tratados com os microrrobôs apresentaram uma taxa de sobrevivência significativamente maior, sobrevivendo em média 37 dias, em comparação com os 27 dias dos camundongos não tratados ou que receberam apenas o medicamento ou nanopartículas sem algas.
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Os materiais utilizados na fabricação das nanopartículas são biocompatíveis, o que significa que não causam rejeição no organismo. Além disso, as algas são consideradas seguras para uso pela FDA, agência regulatória dos EUA. O próximo passo para os pesquisadores é realizar testes em animais maiores antes de considerar a inserção dos microrrobôs em pacientes humanos.
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