Cientistas testam microrrobôs para eliminar câncer pulmonar

Engenheiros da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, desenvolveram microrrobôs capazes de nadar pelos pulmões para entregar medicamentos diretamente aos tumores em metástase. O estudo foi publicado na última quarta-feira (12), na revista Science Advances, apresentando uma nova abordagem para o tratamento de câncer.

++ Surpresa emocionante: neto restaura picape de 1954 e devolve ao avô

Eles são compostos por nanopartículas feitas de esferas de polímero biodegradável carregadas com doxorrubicina, um potente quimioterápico. Essas nanopartículas são anexadas a células de algas verdes, que proporcionam a movimentação dos robôs dentro dos pulmões. O revestimento com membranas de glóbulos vermelhos protege os microrrobôs do sistema imunológico, permitindo que se camuflem no organismo.

“Esse revestimento faz com que a nanopartícula se pareça com um glóbulo vermelho do corpo, de modo que não desencadeie uma resposta imunológica”, explicou Zhengxing Li, coautor do estudo e doutorando em nanoengenharia na Universidade da Califórnia em San Diego, em um comunicado.

Nos testes, microrrobôs foram inseridos através de um tubo na traqueia de camundongos vivos. Os resultados foram animadores: os roedores que receberam os microrrobôs tiveram uma taxa de sobrevivência maior e a disseminação do câncer para os pulmões foi inibida. Em média, os camundongos tratados sobreviveram 37 dias, enquanto aqueles não tratados ou que receberam apenas o medicamento sem as algas sobreviveram 27 dias.

++ Remédio contra malária pode ser a chave para tratar síndrome dos ovários policísticos

“O movimento ativo de natação dos microrrobôs melhorou significativamente a distribuição do medicamento no tecido pulmonar profundo, prolongando o tempo de retenção da droga”, destacou Li. “Com isso, foi possível reduzir a dosagem do fármaco, possivelmente reduzindo os efeitos colaterais e mantendo a alta eficácia de sobrevivência”, completou.

Os materiais utilizados na fabricação das nanopartículas são biocompatíveis, o que significa que não causam rejeição pelo organismo. Além disso, as algas utilizadas são reconhecidas como seguras para uso pela Food and Drug Administration (FDA), a agência regulatória dos Estados Unidos.

Não deixe de curtir nossa página no Facebookno Twitter e também  no Instagram para mais notícias do 111Next.