Cinco décadas após o desaparecimento misterioso de um avião particular, especialistas acreditam ter encontrado os destroços da aeronave no Lago Champlain, em Vermont, nos Estados Unidos. O acidente ocorreu em 1971, quando o jato, que transportava cinco homens, desapareceu durante uma nevasca noturna.
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Na última segunda-feira (10), a CBS News reportou que o Jet Commander, que desapareceu pouco após decolar do aeroporto de Burlington com destino a Providence, Rhode Island, no dia 27 de janeiro de 1971, pode ter sido localizado. A última comunicação do piloto ocorreu enquanto ele sobrevoava o lago. A bordo estavam dois tripulantes e três funcionários da empresa Cousin’s Properties, de Atlanta, Geórgia. As buscas iniciais não encontraram vestígios do jato, e o lago congelou quatro dias após o incidente.
Ao longo dos anos, pelo menos 17 buscas foram realizadas sem sucesso. No entanto, no mês passado, o pesquisador subaquático Garry Kozak encontrou destroços que correspondem às características do jato desaparecido. Utilizando um veículo operado remotamente e imagens de sonar, Kozak e sua equipe localizaram os restos da aeronave a 60 metros de profundidade, próximo à Ilha Juniper, a pouco mais de cinco quilômetros a sudoeste de Burlington.
“Com todas essas evidências, temos 99% de certeza absoluta”, declarou Kozak. Segundo ele, a descoberta oferece às famílias das vítimas “alguma conclusão e responde a muitas das perguntas que tinham”.
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Em entrevista à afiliada local da CBS, WCAX-TV, Kozak explicou que a demora na descoberta pode ser atribuída à complexidade do local do acidente. “Um jato parece uma pilha de pedras, literalmente. Para a maioria das pessoas que olham para os dados do sonar, podem ignorá-los pensando que é apenas geologia”, esclareceu.
Apesar do alívio pela descoberta, a notícia também trouxe à tona antigas dores e novas dúvidas para os familiares das vítimas. “Ter isso encontrado agora… é uma sensação de paz, mas ao mesmo tempo é uma sensação muito triste”, lamentou Barbara Nikita, sobrinha do piloto George Nikita, em entrevista à Associated Press na última terça-feira (11). “Nós sabemos o que aconteceu. Vimos algumas fotos. Acho que estamos lutando com isso agora”, completou.
Frank Wilder Jr., cujo pai era um dos passageiros do avião, compartilhou sentimentos semelhantes: “Passar 53 anos sem saber se o avião estava no lago ou talvez na encosta de uma montanha em algum lugar foi angustiante… Estou aliviado por saber onde o avião está agora, mas infelizmente isso está abrindo outras questões e temos que trabalhar”.
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