Pesquisadores modificaram geneticamente a planta Nicotiana benthamiana, similar ao tabaco, para que ela passe a produzir nutrientes encontrados no leite materno humano. O resultado foi detalhado na revista Nature Food. Os cientistas focaram na produção de oligossacarídeos do leite humano (HMOs), açúcares complexos que desempenham um papel crucial na promoção de bactérias saudáveis no intestino e no fortalecimento do sistema imunológico dos bebês.
++ Consumir leite pode reduzir risco de diabetes, diz estudo
Atualmente, cerca de 200 tipos diferentes de HMOs são encontrados no leite materno, sendo o terceiro componente sólido mais abundante. Embora os bebês não possam digerir esses açúcares diretamente, eles são essenciais para alimentar as bactérias benéficas no intestino dos recém-nascidos, contribuindo para uma microbiota intestinal saudável e reduzindo o risco de infecções.
Embora seja possível modificar geneticamente bactérias E. coli para produzir alguns HMOs, o processo é limitado e caro, com dificuldades para isolar moléculas benéficas de subprodutos tóxicos. Por isso, poucas fórmulas infantis atualmente incluem HMOs. A abordagem com plantas geneticamente modificadas oferece uma solução mais prática e econômica para a produção em larga escala desses nutrientes vitais.
++ Beber café pode reduzir em 40% o risco de Parkinson, indica estudo
No estudo, a equipe reprogramou o mecanismo da planta para produzir açúcares complexos, inserindo genes que codificam enzimas específicas necessárias para montar açúcares básicos em uma diversidade de HMOs. Esta inovação pode não apenas melhorar a fórmula infantil, mas também possibilitar a criação de leites vegetais mais nutritivos para adultos, ampliando o alcance dos benefícios dos oligossacarídeos do leite humano.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Twitter e também no Instagram para mais notícias do 111Next.