Qualidade do ar no Brasil será adequada aos padrões da OMS

Em um esforço para melhorar a qualidade do ar e proteger a saúde da população e do meio ambiente, o Brasil adotará um novo calendário de monitoramento e adequação da qualidade do ar, conforme as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com informações divulgadas na última segunda-feira (17), a medida, organizada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), estabelece um cronograma de cinco etapas para atingir os padrões internacionais até 2021.

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De acordo com a OMS, 99% da população mundial respirava, em 2022, níveis insalubres de poluentes como material particulado fino e dióxido de nitrogênio. Esses contaminantes são conhecidos por causar sérios problemas cardiovasculares, cerebrovasculares e respiratórios. Em resposta a essa crise, o Supremo Tribunal Federal do Brasil, em maio de 2022, declarou os padrões nacionais de qualidade do ar como muito permissivos e determinou uma revisão em 24 meses. Caso essa revisão não ocorresse, os padrões da OMS passariam a vigorar automaticamente.

A nova resolução do Conama, ainda aguardando publicação oficial, define um cronograma de implementação de padrões intermediários de emissão de poluentes, até que o padrão nacional seja totalmente atingido. As etapas são distribuídas da seguinte forma:

• Primeira etapa: Até 31 de dezembro de 2024

• Segunda etapa: A partir de 1º de janeiro de 2025

• Terceira etapa: A partir de 1º de janeiro de 2033

• Quarta etapa: A partir de 1º de janeiro de 2044

• Quinta etapa: Sujeita a possível antecipação ou prorrogação de até quatro anos, determinada após a efetivação da quarta etapa.

Adalberto Maluf, secretário de Meio Ambiente Urbano e Qualidade do Ar do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, destacou a urgência da medida. “A cada ano que postergamos a entrada de prazos e ações significa mais mortes e perda de expectativa de vida”, diz.

A nova resolução estabelece que a medição da qualidade do ar quantificará substâncias como fumaça, monóxido de carbono, partículas suspensas, materiais particulados, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, ozônio e chumbo. As unidades de medida serão microgramas por metro cúbico (µg/m³) para a maioria dos poluentes, e partes por milhão (ppm) para o monóxido de carbono.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) informou que a nova resolução está em consonância com a Política Nacional de Qualidade do Ar, estabelecida em maio deste ano. Os novos padrões também apoiarão outras iniciativas, como o Plano Clima, o Plano de Transformação Ecológica e a Nova Indústria Brasil.

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Após a publicação da resolução no Diário Oficial da União, o ministério e os órgãos ambientais estaduais e distritais terão até 18 meses para atualizar e publicar o Guia Técnico para Monitoramento e Avaliação da Qualidade do Ar. Este guia determinará os métodos, periodicidade e localização da coleta de amostras, além de consolidar dados para os relatórios de avaliação da qualidade do ar. O primeiro relatório deverá ser consolidado quatro anos após o estabelecimento da terceira etapa do calendário do Conama.

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