Sensor brasileiro é desenvolvido para detectar água contaminada

Pesquisadores brasileiros desenvolveram um sensor de fibra óptica nano-biotecnológico capaz de detectar contaminação por coliformes fecais na água em apenas 20 minutos. Liderado pelo professor Marcelo Werneck, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ) e financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), o estudo foi publicado na revista Polymers.

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A inovação se destaca pela rapidez, sensibilidade, baixo custo e facilidade de fabricação. Métodos tradicionais de detecção de coliformes fecais podem levar até dois dias para fornecer resultados, tornando a nova tecnologia uma solução rápida e eficaz para monitorar a qualidade da água em tempos de escassez global de fontes limpas.

O sensor utiliza fibras ópticas plásticas, semelhantes às usadas em telecomunicações, mas mais acessíveis e fáceis de manipular. Segundo Werneck, essas fibras transmitem feixes de luz e qualquer alteração em sua superfície afeta a intensidade da luz recebida, permitindo a detecção de mudanças microscópicas, como a presença de bactérias.

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Para identificar Escherichia coli na água, os pesquisadores fixaram anticorpos específicos na superfície da fibra, utilizando nanopartículas de ouro. A nanotecnologia melhora a aderência dos anticorpos, aumentando a sensibilidade do dispositivo. O sensor opera com dois sensores de fibra óptica em paralelo: um contendo os anticorpos e outro sem. A comparação dos resultados entre eles permite identificar a presença de bactérias com alta seletividade, eliminando a interferência de outros detritos.

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