Gases que destroem a camada de ozônio estão sumindo, diz estudo

Um estudo recente demonstrou uma diminuição na emissão de HCFCs (hidroclorofluorcarbonos), substâncias conhecidas por sua contribuição para a destruição da camada de ozônio e seu impacto no aquecimento global. O acordo internacional firmado em 1987 entre diversos países, conhecido como Protocolo de Montreal, estabeleceu metas para reduzir essas emissões, com o intuito de proteger a camada de ozônio estratosférico.

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Contrariando projeções anteriores que previam uma queda a partir de 2026, o estudo revelou que a redução das emissões começou já em 2021, alcançando um nível de 321,69 partes por trilhão (ppt). Esse resultado histórico foi alcançado cinco anos antes do esperado, segundo pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

Os HCFCs são responsáveis por reter calor na atmosfera terrestre, impactando o clima e a força radiativa. Portanto, uma redução nas emissões desses gases pode ter um efeito positivo na estabilização do aquecimento global.

O sucesso na diminuição das emissões é creditado ao Protocolo de Montreal e às regulamentações mais rigorosas adotadas pelos países signatários. Marie Curie, pesquisadora da União Europeia e Marie Curie Research Fellow na Universidade de Bristol, enfatizou que “sem o Protocolo de Montreal, este sucesso não teria sido possível”.

O grupo de pesquisa também ressaltou os benefícios dos controles impostos pelo Protocolo, que promoveram a adoção de alternativas amigáveis ao ozônio e contribuíram para a redução dos níveis de HCFCs na atmosfera.

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Segundo um artigo publicado na revista científica Nature, a queda nas emissões foi mais pronunciada no hemisfério norte, onde países como a Índia têm liderado esforços na eliminação dos HCFCs na fabricação de novos equipamentos. A pesquisa ainda projetou que os níveis de HCFCs poderão retornar aos valores de 1980 até 2082, com a meta global de eliminar completamente essas substâncias até 2040.

A camada de ozônio é uma barreira essencial que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Localizada entre 20 km e 35 km acima da superfície da Terra, ela desempenha um papel fundamental ao filtrar aproximadamente 95% dos raios UV que alcançam o planeta, garantindo a saúde ambiental e humana em pleno funcionamento.

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