Jovem que reprovou 44 vezes no vestibular conquista vaga em Medicina

Em uma história de perseverança, Gabrielle Salis, uma estudante de Ribeirão Preto (SP), alcançou seu sonho de estudar Medicina. A conquista veio após enfrentar 44 reprovações consecutivas em vestibulares ao longo de vários anos.

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Desde 2017, Gabrielle viu seu nome ausente das listas de aprovados, apesar de seu esforço em participar de cerca de 10 processos seletivos anuais. Essa jornada mudou em 2021 quando, aos 24 anos, a jovem recebeu a aprovação em seis universidades de medicina, incluindo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde agora está no 6º semestre.

Em um depoimento ao G1, Gabrielle revelou ter gastado aproximadamente R$ 5 mil em taxas de inscrição ao longo dos anos. Em 2020, durante a pandemia, ela se dedicou intensamente aos estudos, passando horas diárias resolvendo exercícios e simulados, especialmente focando em matemática, sua área de maior desafio. “Desde o começo, tive notas boas na redação, acima de 900, mas meu problema era matemática. Passei a fazer exercícios todo dia. Era época de pandemia, então, eu tinha de mandar todas as dúvidas para os professores por um aplicativo. Fiz perguntas meio ridículas, mas era importante esclarecer absolutamente tudo”, explicou.

Após ser aprovada nas universidades no início de 2021, Gabrielle inicialmente optou pela Faculdade de Medicina de Marília (Famema), porém não se adaptou ao método de ensino e optou por participar novamente do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Foi então que conseguiu ingressar na UFRJ.

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Em um vídeo viral no TikTok, ela compartilhou sua experiência, destacando que falhar repetidamente é parte do caminho para o sucesso. “Quando você quer uma coisa difícil, é normal falhar muito até conseguir. Eu sei como desanima, a gente se sente burra, incapaz, principalmente no vestibular. Tem quem passe direto? Tem. Mas a maioria falhou muito até chegar ali. Pensei em desistir um bilhão de vezes, em mudar de curso, mas, no final do dia, sentir que você está onde quer estar e que venceu não tem preço. É uma felicidade para o resto da vida”, afirmou.

Gabrielle também levantou questões sobre meritocracia e privilégios. “A teoria é linda, queria que ela funcionasse, mas não é assim. O dinheiro dá mais oportunidade. Por outro lado, o privilégio impacta muito, mas ao mesmo tempo não é o que faz acontecer. Ele dá a porta, mas você precisa ir lá abrir”, concluiu.

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