Um grupo de pesquisadores conseguiu confirmar a data de um naufrágio grego ao analisar quimicamente as amêndoas que estavam na carga da embarcação. O estudo publicado na revista científica PLoS ONE, indica que o naufrágio ocorreu entre os anos 286 e 272 a.C., há cerca de 2.300 anos. O navio, conhecido como naufrágio Kyrenia, foi descoberto em 1965 e é o mais antigo do período grego-helenístico encontrado com o casco quase intacto. Com cerca de 15 metros de comprimento, a embarcação tinha uma única vela quadrada e espaço para uma tripulação de até quatro pessoas.
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Entre 1967 e 1969, arqueólogos catalogaram os achados no local, que incluíam ossos, moedas e aproximadamente 400 ânforas de cerâmica cheias de amêndoas. Tradicionalmente, cientistas utilizam a datação por radiocarbono para determinar a idade de vestígios arqueológicos, mas essa técnica não pôde ser aplicada diretamente ao Kyrenia.
Durante o século 20, substâncias como o polietilenoglicol (PEG) foram usadas para conservar a madeira do navio, contaminando-a com carbono de origem fóssil e impedindo a datação precisa. Pesquisadores da Universidade Cornell e da Universidade de Groningen desenvolveram um método para limpar o PEG da madeira, removendo 99,9% da substância. No entanto, mesmo com essa limpeza, a precisão na datação ainda era insuficiente.
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A solução veio ao analisar as amêndoas preservadas dentro das ânforas. Sem a influência do PEG, as amêndoas permitiram uma datação mais precisa usando a técnica de radiocarbono. Combinando os resultados das amostras de madeira e das amêndoas, os pesquisadores determinaram que o naufrágio ocorreu entre 286 e 272 a.C. O estudo envolveu também pesquisadores do Laboratório de Dendrocronologia de Oxford e da Universidade da Califórnia, em Irvine.
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