Uma nova pesquisa da NASA em parceria com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) descobriu um tipo inédito de partícula presente na fumaça de incêndios florestais.
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Essa substância, chamada de “carbono marrom escuro”, é responsável por reter uma quantidade significativa de calor, o que pode intensificar os efeitos das mudanças climáticas no planeta.
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Entenda a pesquisa
A pesquisa envolveu a transformação de uma aeronave Douglas DC-9 da NASA em um laboratório científico voador. A equipe analisou a fumaça de três grandes incêndios florestais causados por raios que ocorreram no oeste dos Estados Unidos em 2019. Os incêndios estudados foram o Shady Creek em Idaho, Castle e Ikes no Arizona e o 204 Cow em Oregon.
Durante a missão, os cientistas identificaram que os modelos climáticos, que geralmente desconsideram o impacto do carbono orgânico em comparação com o carbono negro, estavam omitindo um fator crucial. As observações de campo revelaram que o carbono orgânico, especificamente o carbono marrom escuro, tem um impacto muito maior no aquecimento global do que se pensava anteriormente.
Novas descobertas
A pesquisa revelou que o carbono marrom escuro é uma partícula orgânica altamente eficaz na absorção de calor. Os dados mostram que essa partícula é responsável por mais da metade do calor total absorvido pela fumaça dos incêndios florestais analisados.
“É provável que essas partículas se formem de maneira semelhante à fuligem nas chamas de alta temperatura ao longo das bordas dos incêndios florestais”, afirma Rohan Mishra, professor associado de engenharia mecânica e ciência de materiais na Universidade de Washington em St. Louis e coautor do estudo.
E o futuro?
Com a expectativa de que os incêndios florestais aumentem devido às mudanças climáticas, a descoberta do carbono marrom escuro levanta preocupações significativas. A absorção de calor por essas partículas pode acelerar o aquecimento global mais do que se imaginava, o que poderá levar a um aumento dos incêndios e a um ciclo vicioso de aquecimento.
O estudo marca um avanço importante na compreensão dos impactos climáticos dos incêndios florestais e sublinha a necessidade de incluir o carbono marrom escuro nos modelos climáticos futuros para melhor prever e mitigar as consequências das mudanças climáticas.
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