Artista indiano atravessa 6 mil km de bicicleta para reencontrar amada na Suécia

Em 1977, o artista indiano Pradyumna Kumar Mahanandia embarcou em uma das mais extraordinárias jornadas de amor da história. Segundo informações da BBC News, para se reunir com sua esposa sueca, Charlotte Von Schedvin, ele percorreu mais de 6.000 quilômetros de bicicleta, atravessando vários países em uma viagem que durou cerca de quatro meses.

++ Estudantes criam dispositivo para colega com paralisia cerebral participar das aulas

A história começou em uma tarde de inverno de 1975, em Nova Déli, quando Mahanandia conheceu Charlotte Von Schedvin, uma turista sueca. Ela pediu-lhe que desenhasse seu retrato, mas não curtiu o resultado e voltou no dia seguinte para uma segunda tentativa. Mahanandia, um jovem artista já conhecido por seus retratos, estava nervoso, pois lembrava-se de uma previsão feita por sua mãe anos antes: ele se casaria com uma mulher do signo de Touro, vinda de uma terra distante, musical e proprietária de uma floresta.

Para sua surpresa, Charlotte se revelou exatamente como na previsão. A partir daquele momento, ambos sentiram uma conexão instantânea. “Foi amor à primeira vista”, relembra Mahanandia.

Após várias conversas e encontros, Charlotte aceitou viajar com Mahanandia para Orissa, sua terra natal. Lá, ela ficou impressionada com o templo Konark, um Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco. Os dois se apaixonaram ainda mais e, com a bênção da família de Mahanandia, casaram-se de acordo com a tradição tribal.

++ A impressionante história dos gêmeos separados na maternidade que tiveram vidas idênticas

Entretanto, Charlotte teve que retornar à Suécia, prometendo a Mahanandia que eles se encontrariam novamente. Eles mantiveram contato por cartas, mas, sem recursos para uma passagem de avião, o homem decidiu vender tudo o que tinha e comprar uma bicicleta. Sua jornada começou em 22 de janeiro de 1977, percorrendo cerca de 70 quilômetros por dia, sobrevivendo graças à sua arte, desenhando retratos em troca de dinheiro, comida e abrigo.

Avanço tecnológico: Robô é controlado por cérebro artificial++

A viagem não foi fácil. Ele enfrentou diferentes culturas, barreiras linguísticas e condições climáticas adversas. No Afeganistão, encontrou um país pacífico e acolhedor, enquanto no Irã, a comunicação tornou-se um desafio. “A arte me salvou. O amor é uma língua universal e as pessoas entendem isso”, disse Mahanandia.

Após mais de cinco meses, Mahanandia chegou à Europa, pegando um trem de Viena para Gotemburgo, na Suécia. Finalmente, após pedalar mais de 5.500 quilômetros, ele reencontrou Charlotte. Superando os choques culturais e a difícil tarefa de impressionar os pais de Charlotte, os dois casaram-se oficialmente na Suécia.

Hoje, os dois vivem com seus dois filhos na Suécia, onde ele continua a trabalhar como artista. “Ainda sou apaixonado como era em 1975”, diz ele.

Não deixe de curtir nossa página no Facebookno Twitter e também  no Instagram para mais notícias do 111Next