Estudantes criam dispositivo para colega com paralisia cerebral participar das aulas

De acordo com informações divulgadas neste sábado (06), pelo G1, estudantes do 7º ano do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 213 de Santa Maria, uma escola pública do Distrito Federal, desenvolveram uma solução inovadora para facilitar a comunicação de Ana Vitória, uma colega de 12 anos com paralisia cerebral. Batizado de “Voz de Ana”, o protótipo permite que a aluna se comunique de maneira mais eficaz com seus colegas.

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A paralisia cerebral é uma condição que afeta o desenvolvimento motor e cognitivo de forma permanente. Ana Vitória, que participa de uma classe regular de ensino, encontrou na colaboração entre o projeto Roboticraf da própria escola e o M²CE da Universidade de Brasília (UnB) uma oportunidade de inclusão. O projeto M²CE visa incentivar mulheres a se interessarem por ciências exatas, ampliando sua participação nessa área.

William Viera, professor da turma, percebeu o talento de Ana Vitória para a escrita e leitura, mesmo sem capacidade de fala. Com o uso de um tablet da escola, o professor propôs às estudantes do projeto Roboticraf o desafio de criar um dispositivo que permitisse à Ana se expressar mais livremente em sala de aula.

“Ao introduzir o tablet para Ana, observei sua habilidade impressionante com o programa de escrita […]. Levei essa questão para as estudantes do projeto, e elas se entusiasmaram com a ideia de resolver essa situação. Começamos a estudar o programa mais a fundo”, relata o professor Viera.

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Foi então que o grupo composto por 11 adolescentes desenvolveu um dispositivo de comunicação que integra um teclado adaptado. Com essa tecnologia, Ana pode tanto digitar livremente quanto acionar botões na interface inicial para responder de forma mais rápida a perguntas frequentes.

“Quando nós apresentamos o equipamento, ela [Ana} rapidamente começou a digitar e escrever coisas que estavam na cabecinha dela, e nós percebemos como a Ana enxergava o mundo. Ela começou a interagir em sala de aula, conversar com os professores, falar o nome dos colegas”, diz o professor.

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