Milhares de pacientes com câncer vão testar vacinas personalizadas no Reino Unido

Milhares de pacientes no Reino Unido participarão dos primeiros ensaios clínicos mundiais de vacinas personalizadas de mRNA contra o câncer, um avanço acelerado pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS). Este tratamento será adaptado ao DNA individual dos pacientes, inicialmente focando em cânceres de bexiga, colorretal, rim, pulmão, pele e pâncreas, com planos de expandir para outros tipos no futuro.

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Os pacientes elegíveis precisam apenas fornecer amostras de sangue e tecido para se inscreverem no programa chamado “Cancer Vaccine Launch Pad”, que abrange 30 locais no Reino Unido e envolve uma parceria com a BioNTech. Elliot Pfebve, um paciente com câncer colorretal, foi o primeiro a receber a vacina, marcando um momento histórico.

“Estou animado. Fiz algumas pesquisas sobre o teste de tratamento. Se for bem-sucedido, então é um avanço médico”, disse Elliot. Ele passou por cirurgia e quimioterapia, mas testes revelaram fragmentos de DNA cancerígeno em sua corrente sanguínea, aumentando o risco de recidiva.

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Diferentemente das vacinas convencionais, que previnem doenças, as vacinas contra o câncer são destinadas a pacientes já diagnosticados. A amostra do tumor de Elliot foi enviada para os laboratórios da BioNTech na Alemanha, onde até 20 mutações específicas do câncer foram identificadas.

Com essas informações, uma vacina de mRNA foi desenvolvida, contendo instruções para as células do paciente produzirem proteínas mutantes únicas de suas células cancerígenas. Esse “cartaz de procurado” imunológico visa revelar e destruir quaisquer células cancerígenas remanescentes no corpo, reduzindo o risco de recorrência.

A Dra. Victoria Kunene, investigadora principal do ensaio no Queen Elizabeth Hospital em Birmingham, expressou otimismo: “Acho que esta é uma nova era. A ciência por trás disso faz sentido. Minha esperança é que isso se torne o padrão de cuidado”.  No entanto, ainda é cedo, e as vacinas de mRNA para tratamento do câncer estão em estágio experimental, disponíveis apenas em ensaios clínicos. O estudo, que recrutará mais de 200 pacientes no Reino Unido, EUA, Alemanha, Bélgica, Espanha e Suécia, espera concluir em 2027.

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