Um estudo recente publicado no periódico científico The New England Journal of Medicine trouxe novas perspectivas sobre a prevenção de alergias alimentares, destacando o amendoim como um exemplo significativo. Contrariando crenças anteriores, a pesquisa sugere que a introdução precoce de alimentos potencialmente alergênicos pode reduzir o risco de desenvolvimento de alergias a longo prazo.
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O estudo acompanhou 508 participantes desde bebês, divididos em grupos que receberam ou não amendoim antes do primeiro aniversário. Após 12 anos, foi observada uma menor incidência de alergia entre aqueles que consumiram amendoim precocemente, em comparação com o grupo de controle.
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“Outros estudos também apontam nessa direção, inclusive novas diretrizes recomendam a introdução de alimentos alergênicos entre 4 e 6 meses de idade”, comenta o pediatra e alergista Victor Nudelman, do Hospital Israelita Albert Einstein. A exceção é o leite de vaca integral, recomendado apenas após 1 ano de idade.
No entanto, no Brasil, a recomendação continua sendo o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, seguido da introdução gradual de alimentos sob orientação médica.
É crucial diferenciar alergias alimentares de intolerâncias. A alergia envolve uma resposta imunológica a proteínas específicas, desencadeando sintomas como inchaços, vômitos e diarreia. Já as intolerâncias, como a lactose, resultam de problemas na digestão de açúcares, sem envolver o sistema imunológico.
Embora haja um aumento percebido nos casos de alergias alimentares nas últimas décadas, as causas podem incluir fatores ambientais, mudanças climáticas e urbanização, além de influências genéticas.
Para um diagnóstico preciso, recomenda-se o teste de provocação sob supervisão médica adequada, garantindo segurança em caso de reações adversas. O tratamento inclui a exclusão dos alimentos alergênicos, sempre com acompanhamento especializado para evitar impactos no crescimento e desenvolvimento da criança.
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