Artista brasileiro furta moeda histórica de 1645 do Museu Britânico para “discutir roubo e pilhagem”

O artista plástico Ilê Sartuzi furtou discretamente uma moeda de prata cunhada em 1645, durante a Guerra Civil Inglesa, e a substituiu por uma réplica no Museu Britânico, em Londres. O item original foi colocado na caixa de doações da instituição. A ação foi planejada por mais de um ano pelo artista brasileiro.

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Segundo Sartuzi, o furto teve como objetivo “abrir uma discussão sobre roubo e pilhagem”. Ele alega não ter violado nenhuma lei ou política do museu. “A obra abre uma discussão sobre roubo e pilhagem, tanto em um contexto histórico quanto de uma perspectiva neocolonial dentro das instituições culturais contemporâneas”, comentou o jovem.

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Ilê filmou o ato e pretende incluir a filmagem de sete minutos na exposição de sua própria tese, “Sleight of Hand” (prestidigitação, em português), que será exibida até esta terça-feira (16), conforme relatado pelo jornal O Globo.

Um porta-voz do Museu Britânico classificou o ato como “decepcionante e derivativo”, alegando que abusou de um serviço liderado por voluntários que permite aos visitantes manusear itens reais e se envolver com a história. O museu informou que acionará a polícia.

Ilê Sartuzi é formado pela Universidade de São Paulo (USP) e atualmente está no programa de mestrado em belas artes da Goldsmiths, Universidade de Londres, com a pesquisa focada na autorreflexão entre artistas em evolução.

Para evitar ser reconhecido, Sartuzi chegou a raspar a barba ao trocar a moeda. O objeto, pertencente à coleção do museu e utilizado para fins educacionais, estava disponível para análise e toque pelos visitantes, com supervisão.

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