Em um intervalo de cinco dias, o estudante Alexandre Andrade de Almeida, 17, conquistou medalhas de prata na Olimpíada Internacional de Biologia (IBO) e na Olimpíada Europeia de Física (EuPhO).
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A IBO ocorreu de 7 a 14 de julho em Astana, Cazaquistão, com a participação de mais de 800 estudantes de 81 países.
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Diagnosticado com autismo e superdotação em 2021, Alexandre já recebeu 95 prêmios em competições acadêmicas nacionais e internacionais, sendo 43 de ouro. Para as duas medalhas mais recentes, ele se preparou durante meses, com testes práticos e teóricos intensos.
“Conseguir prata em uma olimpíada é difícil, em duas de áreas distintas, mais ainda”, disse Alexandre à GALILEU.
Aluno do 3º ano do Ensino Médio no Colégio Objetivo Integrado em São Paulo (SP), Alexandre participa de turmas avançadas desde os 11 anos e se envolveu cedo em competições científicas.
Além das olimpíadas, ele descobriu nove possíveis asteroides, dois confirmados por um programa da NASA.
Para chegar à IBO, Alexandre passou pela Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), organizada pelo Instituto Butantan, onde conquistou o primeiro lugar entre 164 mil participantes.
Os 16 finalistas participaram de uma semana olímpica de preparação, na qual Alexandre teve o melhor desempenho.
A IBO inclui um dia de provas práticas (6 horas) e outro de provas teóricas (7 horas), cobrindo áreas como bioquímica, bioinformática e fisiologia.
Alexandre obteve a maior pontuação brasileira e foi o principal destaque ibero-americano, marcando o melhor desempenho de um estudante paulista na história da participação brasileira na IBO. Até hoje, apenas quatro brasileiros conquistaram prata na competição.
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