Em uma ação inédita, a Operação Dourado salvou 200 peixes de asfixia em um trecho de 6,9 km do Rio da Prata, que estava secando.
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O resgate, que envolveu mais de 30 pessoas e ocorreu entre terça-feira (30) e quarta-feira (31), em Jardim, a 235 km de Campo Grande, foi bem-sucedido, sem nenhuma perda de vida.
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Eduardo Coelho, ambientalista e proprietário do Recanto Ecológico Rio da Prata, uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) na Fazenda Cabeceira do Prata, ficou emocionado com o esforço conjunto.
A Operação Dourado recebeu este nome devido à presença de dourados reprodutores e jovens, espécie em risco de extinção com pesca proibida em Mato Grosso do Sul.
Peixes cascudo, curimbatá, piraputanga, piau e piapara também foram resgatados de um poço esvaído de oxigênio.
Os peixes foram cuidadosamente removidos e transportados em caixas de água com oxigênio. Foram várias viagens para realocar os peixes a um trecho seguro do rio, a 5 km por terra, equivalente a 11 km por rio.
A operação envolveu o IHP, Amigos do Rio da Prata, PMA, Iasb, Instituto Guarda Mirim Ambiental, 1ª Promotoria de Justiça de Jardim e a Uems.
O biólogo do IHP (Instituto Homem Pantaneiro) Sérgio Barreto explicou que a operação foi um sucesso absoluto.
“Os peixes já estavam tentando respirar na superfície por falta de oxigênio. Eles iam morrer todos asfixiados. Essa operação foi importante, porque hoje no Estado já temos um problema com diminuição dos recursos ictiológicos e essas grandes matrizes de dourado são consideradas prioritárias e merecem esse olhar para cuidado”, comentou Sérgio.
Quem percebeu que os peixes estavam próximos da morte foi o capataz da fazenda, Edenilson de Souza Rodrigues. O rio começou a secar no final de junho e deu tristeza saber que todos iriam morrer.
“Foi legal o que aconteceu porque hoje mesmo vi um monte de dourado, em risco de extinção, sendo retirado. Isso ia causar uma falta muito grande para as espécies”, disse Edenilson, que deu apoio à operação.
Subtenente da PMA (Polícia Militar Ambiental) em Jardim, Eri Esmael Ogeda está a há 26 anos e nunca tinha visto uma seca como essa. “Salvar vidas de seres vivos é um trabalho que deixa a gente feliz. É triste a situação, mas estou feliz por contribuir. A PMA está preocupada em fazer esse trabalho”, disse Eri.
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