Oran Knowlson, um jovem de 13 anos de Somerset, Inglaterra, é a primeira pessoa no mundo a receber um implante cerebral, parte de um estudo piloto destinado a tratar a síndrome de Lennox-Gastaut, uma forma rara e severa de epilepsia. A condição do jovem, que pode gerar até 100 convulsões diárias e precisava de cuidados constantes desde os 3 anos de idade, agora está apresentando sinais de melhora.
Antes do implante, as convulsões de Oran eram tão intensas que, em algumas ocasiões, paravam seu coração e exigiam ressuscitação. Contudo, após o procedimento, a mãe de Oran notou uma transformação em seu filho. “Eu definitivamente agora tenho um adolescente”, disse ao Guardian, se referindo à nova capacidade dele em agir com mais independência.
O neurocirurgião pediátrico Martin Tisdall, do Great Ormond Street Hospital em Londres, que conduziu a cirurgia, expressou grande satisfação com os resultados. “Para Oran e sua família, a epilepsia mudou completamente suas vidas e, portanto, vê-lo andando a cavalo e ter sua independência de volta é absolutamente surpreendente”, afirmou. Ele acrescentou que a equipe está animada com o potencial do dispositivo implantado, que pode representar uma grande mudança no tratamento da epilepsia pediátrica.
Durante a cirurgia, Tisdall e sua equipe inseriram dois eletrodos na região do tálamo do cérebro de Oran. Eles estão conectados a um neuroestimulador, posicionado na parte inferior do crânio, que fornece estimulação constante para bloquear os sinais que causam as convulsões. O dispositivo, desenvolvido pela Amber Therapeutics, pode ser recarregado sem fio, o que oferece uma solução prática e eficiente para o tratamento.
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Oran é um dos três participantes do estudo piloto, que visa recrutar mais 22 crianças com síndrome de Lennox-Gastaut. O Dr. Tisdall expressou otimismo em relação ao futuro, afirmando que a estimulação cerebral profunda pode, em breve, se tornar um tratamento padrão para pacientes com opções limitadas.
“A estimulação cerebral profunda nos aproxima mais do que nunca de parar as convulsões epilépticas para pacientes que têm opções de tratamento eficazes muito limitadas”, declarou.
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