Quando a bancária Simone de Moraes, 39 anos, viu seu teste de gravidez positivo, sentiu uma apreensão imediata. Na época, ela estava atravessando um momento delicado: seu segundo filho tinha apenas 11 meses, e ela enfrentava crises de ansiedade.
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Mas as surpresas não pararam por aí. Em uma consulta médica, Simone descobriu que estava grávida de quadrigêmeos — uma ocorrência extremamente rara, afetando uma a cada 700 mil mulheres. “Eu estava sozinha no pronto-socorro. Pensei que não daria conta”, revelou a mãe, de São Paulo, em entrevista exclusiva à revista CRESCER.
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Antes de engravidar de quadrigêmeos, Simone e seu marido, Ricardo Zafalão, analista de TI, haviam considerado a colocação de um DIU (Dispositivo Intrauterino) para evitar uma nova gravidez. O casal estava satisfeito com seus dois filhos: Isabela, hoje com 4 anos e 5 meses, e Murilo, com 1 ano e 8 meses. No entanto, a vida os surpreendeu, e o dispositivo não chegou a ser implantado.
Os primeiros sinais da gravidez foram o aumento do apetite e uma sonolência intensa. “Tinha repetido a janta e acabei dormindo no chão da sala”, lembra Simone. Quando o teste de gravidez confirmou suas suspeitas, ela ficou desorientada. “Era só choro! Meu filho tinha 11 meses, e eu teria que começar tudo do zero. Foi bem complicado aceitar”, desabafou.
Conforme o tempo passava, Simone começou a se adaptar à ideia de mais um filho. No entanto, durante uma consulta, veio a notícia inesperada: ela estava grávida de quadrigêmeos — duas placentas, uma com trigêmeos univitelinos e outra com um bebê. “Com uma cara de assustada, o médico me orientou a procurar um especialista o mais rápido possível”, contou. A partir de então, Simone foi afastada do trabalho e passou a fazer repouso em casa.
Apesar dos riscos, a gravidez de Simone transcorreu sem grandes problemas de saúde, exceto no final, quando o cansaço aumentou devido ao peso da barriga. “Foi bem difícil. Fiquei cansada e tinha o peso da barriga, eram quase sete quilos!”, relatou. Nos últimos meses, ela começou a perder peso. “No total, engordei 14 quilos, mas depois comecei a emagrecer.”
Com 34 semanas de gestação, Simone deu à luz três meninas idênticas — Rafaela, Lorena e Carolina — e um menino, Gustavo. O parto mobilizou o hospital, com uma equipe completa para dar suporte aos quadrigêmeos. “Era um pediatra e uma enfermeira para cada bebê”, lembra. “Foi mágico! Hoje, agradeço a Deus por ter me escolhido para passar por isso. Foi difícil entender, mas agora me sinto privilegiada por tudo”, afirmou.
Durante o parto, Simone vivenciou mais um momento único: uma de suas filhas nasceu empelicada, algo que emocionou ainda mais a equipe médica. Apesar de terem nascido sem complicações, os quadrigêmeos precisaram ficar na UTI neonatal por um período. Dois deles puderam ir para casa primeiro, e, seis dias depois, os outros dois foram liberados e se reuniram com a família.
Com a chegada dos novos integrantes, Simone teve que se adaptar a uma nova realidade. “Às vezes, os quatro começam a chorar juntos. Tento manter a calma. Se eu ficar desesperada, vou passar isso para eles. Então, mantenho a calma e tudo dá certo”, explicou. Três meses após o nascimento dos quadrigêmeos, ela já se sente mais ajustada à nova rotina, embora os desafios persistam.
Um dos maiores desafios é conseguir dar atenção a todos os filhos. “Quando os quadrigêmeos dormem, penso: ‘agora vou descansar’, mas os outros dois começam a chamar”, compartilhou Simone. Ela está constantemente equilibrando suas responsabilidades para estar presente não só na vida dos bebês, mas também dos filhos mais velhos. Apesar do cansaço diário, Simone está feliz com o rumo que sua vida tomou. “Hoje, agradeço por eles estarem na minha vida. Eles me fizeram muito bem como pessoa”, concluiu.
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