Uma força-tarefa do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) prendeu um médico clínico geral, acusado de armazenar mais de 13 mil imagens de exploração sexual infantil e gravar ilegalmente pacientes durante consultas. A identificação do suspeito só foi possível graças ao uso da Inteligência Artificial (IA) do Google, que detectou o conteúdo ilegal e notificou as autoridades competentes.
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O caso veio à tona após o Google, por meio de seu sistema de IA e equipe de revisão humana, identificar as imagens em uma conta vinculada ao médico. A denúncia foi enviada ao CyberGaeco, núcleo especializado do MP-SC, que iniciou uma investigação aprofundada, resultando na prisão do suspeito em julho. A prisão só foi divulgada nesta quarta-feira (11), após a conclusão da investigação.
O Google utiliza uma combinação de IA avançada e revisão humana para monitorar conteúdos que envolvem abuso infantil. Quando conteúdos suspeitos são detectados, eles são automaticamente denunciados ao Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC), uma organização que colabora com autoridades ao redor do mundo. O material ilegal é identificado por meio de “assinaturas digitais”, conhecidas como hashes, que permitem o rastreamento do conteúdo em diferentes plataformas.
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O promotor Diego Barbiero, responsável pelo caso, destacou a importância do alerta inicial dado pela empresa. “Nós dificilmente chegaríamos às gravações ilegais sem o alerta inicial sobre o material de abuso infantil”, afirmou. A partir dessa notificação, o CyberGaeco conseguiu conduzir a investigação e localizar o responsável.
Além de armazenar imagens de exploração infantil, o médico também foi acusado de gravar pacientes nuas sem o consentimento delas durante consultas. As investigações, que correm sob sigilo, revelaram que o material gravado ilegalmente estava sendo compartilhado em redes restritas, o que levou à ação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil.
Em casos como esse, onde o material é compartilhado de forma privada, a investigação fica sob responsabilidade das autoridades estaduais. Quando os conteúdos circulam de maneira aberta, a Justiça Federal entra em ação.
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