Dominique Pelicot, de 71 anos, confessou na última terça-feira (17), em um tribunal de Avignon, na França, ter drogado e permitido que dezenas de homens abusassem de sua esposa, Gisèle Pelicot, por mais de 10 anos. O caso, que chocou o país, envolve ele e outros 50 acusados de abuso.
++ Bebê tem metade do cérebro removido após 200 convulsões diárias: “Ele é tão feliz”
Durante o depoimento, Pelicot admitiu a culpa. “Sou um abusador como os outros nesta sala”, afirmou, referindo-se aos demais réus. Ele também declarou que os homens que participaram dos abusos estavam cientes da situação. “Todos sabiam, não podem dizer o contrário”, disse.
Durante o julgamento, Pelicot ainda se dirigiu à ex-esposa, Gisèle, e à sua família: “Peço à minha esposa, meus filhos e netos que aceitem minhas desculpas. Lamento o que fiz. Peço seu perdão, mesmo que não seja perdoável. Ela não merecia isso. Fui muito feliz com ela”.
Gisèle, que estava presente no tribunal, também teve a oportunidade de falar. “Durante 50 anos, vivi com um homem que nunca imaginei ser capaz disso. Confiei nele completamente”, contou, referindo-se ao impacto emocional do caso.
++ Jovem viraliza após passar 3 meses com parte do crânio guardada na barriga
Pelicot revelou ao tribunal ter passado por experiências traumáticas na infância, incluindo abuso íntimo por um enfermeiro quando tinha nove anos. Ele também mencionou que chegou a considerar suicídio ao descobrir que Gisèle estava tendo um caso extraconjugal, mas desistiu da ideia.
Dominique e 50 outros homens estão sendo julgados em Avignon, França pelo crime. Pelicot oferecia intimidades com a mulher por meio de um site chamado Coco e filmava os abusos, com um total de 72 homens envolvidos. Ele afirma que a esposa era vítima e não cúmplice, e deseja provar que ela não sabia dos abusos.
Embora alguns réus tenham confessado, outros alegam que acreditavam estar participando de uma fantasia consentida pelo casal. O julgamento do caso, que gerou comoção nacional e levou a diversos protestos, pode durar até dezembro e resultar em penas de até 20 anos de prisão para os condenados.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Twitter e também no Instagram para mais notícias do 111Next.