O pesquisador cearense Marcelo Victor Pires de Sousa, formado em Física pela Universidade Federal do Ceará (UFC), desenvolveu uma tecnologia inovadora que alivia dores e modula processos inflamatórios. Aliando Física e Medicina, sua pesquisa foi realizada durante o doutorado, parte cursado na USP e outra na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. O projeto resultou no lançamento dos “fotocêuticos”, em 2020, baseados na fotobiomodulação, que usa luz infravermelha customizada para tratar dores musculoesqueléticas e inflamações.
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O interesse de Marcelo pela Medicina surgiu após a morte de sua avó, Hilda Suzana, vítima de câncer. Motivado pela perda, o cientista começou a buscar maneiras de utilizar a Física para melhorar a saúde, iniciando uma trajetória que culminou no desenvolvimento da nova tecnologia. “Na primeira parte do doutorado, eu usei feixes de laser para ver como a luz se espalhava dentro de cérebros de ratos e descobri a quantidade exata de luz que chega em cada milímetro do cérebro deles”, explicou ao Diário do Nordeste.
A segunda fase da pesquisa foi realizada na Escola de Medicina de Harvard, com testes em ratos vivos, enquanto a aplicação prática ocorreu no Hospital das Clínicas de São Paulo, onde o tratamento foi oferecido gratuitamente para pacientes com dor. “Eu iluminava os cérebros com o nível de luz adequado e testava o quanto eles sentiam menos dor”, contou Marcelo.
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O estudo demonstrou que a emissão de luz correta pode induzir o corpo a produzir analgésicos endógenos, sem efeitos colaterais. Esse avanço permitiu que Marcelo fundasse a startup “Bright Photomedicine”, que agora oferece a tecnologia para clínicas e profissionais da saúde.
A pesquisa de Marcelo foi reconhecida com o Prêmio Alumni USP por suas inovações e contribuições para a sociedade, além de ser indicada para o MIT Innovators Under 35. O tratamento já beneficiou 1.200 pacientes com dores crônicas, consolidando o impacto social e tecnológico do projeto.
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