Aos seis anos, Emanuelly Cristina Vieira Mendes ouviu pela primeira vez, e sua reação foi de pura alegria.
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Em um vídeo. mostra o emocionante momento em que seu pai, Ismael Mendes, coloca nela um aparelho de amplificação sonora individual (AASI).
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A menina, diagnosticada com perda auditiva profunda em ambos os ouvidos, reage com um sorriso no rosto e palmas empolgadas ao escutar os primeiros sons.
Moradora de Juquiá, interior de São Paulo, Emanuelly não realizou o teste da orelhinha ao nascer, exame que poderia ter detectado a perda auditiva precocemente. Com o tempo, a família percebeu que a menina não interagia normalmente.
“Sempre estive com ela nos momentos mais difíceis. Falar com sua filha e não obter resposta é triste”, desabafa o pai, de 30 anos.
A falta de interação de Emanuelly também chamou a atenção da professora Raissa de Oliveira Souza, que a encaminhou para avaliação médica.
Prestes a completar seis anos, a menina ingressou no programa de reabilitação auditiva “Ouvir”, do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Pariquera-Açu, que atende diversas cidades do Vale do Ribeira.
O tratamento
No AME, Emanuelly foi atendida por uma equipe multidisciplinar. O otorrinolaringologista confirmou a perda auditiva profunda, enquanto outros profissionais, como psicóloga, assistente social e a fonoaudióloga Heloísa Cantuária, também participaram do cuidado da menina. Heloísa explicou que, antes do aparelho, Emanuelly só conseguia ouvir sons muito altos, como o de um caminhão ou uma porta batendo.
Embora a causa da perda auditiva não tenha sido identificada, o aparelho auditivo foi considerado a melhor opção de tratamento. “Ela escolheu o aparelho rosa […] e ver sua felicidade ao escutar pela primeira vez foi extremamente gratificante”, disse Heloísa.
Primeiros sons
No vídeo, a fonoaudióloga ensina o pai a colocar o aparelho auditivo. Quando Emanuelly escuta seus primeiros sons, ela sorri, bate palmas e acena para todos ao seu redor. “Fiquei emocionado em ver minha filha ouvir pela primeira vez. Não fui só eu que chorei, foi o hospital inteiro. Ela é uma menina especial”, compartilhou Ismael, com orgulho.
Além do pai, a mãe, o irmão, a tia e a professora de Emanuelly também estiveram presentes durante a consulta, formando uma rede de apoio fundamental para o progresso da menina.
Com apenas 20 dias de uso do aparelho, Emanuelly já apresenta melhoras na comunicação, interagindo mais e emitindo sons de fala. Seu tratamento continuará com terapias semanais, visando estimular o desenvolvimento da linguagem e a identificação dos sons.
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