Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde e divulgada pela Folha de S.Paulo revela que uma em cada cinco meninas que se tornam mães na adolescência não tem conhecimento sobre métodos contraceptivos. Com isso, acabam tendo gestações repetidas antes dos 18 anos.
O estudo, que entrevistou 1.177 mulheres, destaca que, mesmo com uma redução nas taxas de gravidez entre adolescentes nos últimos anos, cerca de mil bebês filhos de mães adolescentes nascem diariamente no Brasil. A taxa nacional é alarmante, com 43,1 nascimentos para cada mil adolescentes, mais do que o triplo dos registrados em países da Europa e América do Norte.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para os riscos associados à gravidez na adolescência, como anemia, hipertensão e partos prematuros. Um estudo realizado pelo Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, mostrou que 2,12% das mães de 10 a 19 anos engravidaram entre os 10 e 14 anos, uma situação considerada estupro de vulnerável, mesmo que a relação tenha sido consensual. Em 2022, mais de 14 mil nascimentos ocorreram nessa faixa etária.
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Além disso, a pesquisa comparou jovens mães com aquelas de 20 a 29 anos para entender os impactos biológicos, psicológicos e sociais da gravidez na adolescência. Os resultados indicam que as mães adolescentes iniciam a vida sexual em média aos 14 anos e engravidam aos 16, enquanto as mães adultas começam a vida sexual aos 16 anos e têm a primeira gestação aos 22.
Entre as complicações mais comuns, a anemia foi frequentemente observada nas mães adolescentes, possivelmente devido a consultas pré-natais tardias ou em número insuficiente, além de condições de saúde prévias.
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