Giuliana Cavinato, publicitária de 38 anos e cofundadora do Instituto Avencer, sofreu um AVC e uma afasia em 2016, enquanto praticava wakeboard durante o Carnaval em Ibiúna, São Paulo. A jovem, que estava se preparando para uma carreira em Nova York, foi surpreendida pela condição que a deixou com sequelas motoras e de fala. Após tratamento no Brasil e na Itália, ela superou as dificuldades e fundou o Instituto Avencer, voltado a ajudar outras vítimas de AVC a buscar autonomia por meio de reabilitação neurocognitiva.
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O acidente ocorreu durante um passeio com amigos e o então namorado, quando Giuliana sofreu uma pancada forte enquanto praticava wakeboard. Inicialmente, insistiu em continuar a atividade, mas a dor se intensificou, e ela precisou ser socorrida. Após ser levada de ambulância ao hospital, foi submetida a procedimentos de emergência para lidar com o AVC isquêmico. “Meu Deus, me ajuda. Queria estar anestesiada”, relembrou a publicitária, que teve seu lado direito do corpo paralisado, em entrevista à Marie Claire.
O AVC e a afasia, que comprometeram sua capacidade de falar, escrever e ler, mudaram radicalmente a vida de Giuliana. Após passar 10 dias na UTI e sair do hospital um mês depois, ela iniciou um intenso processo de fisioterapia e reabilitação. “Meu corpo estava travado. Não conseguia falar direito e comecei a chorar desesperadamente”, disse, refletindo sobre o impacto da nova realidade aos 30 anos.
Depois de oito meses de tratamento no Brasil, a publicitária foi convencida por um primo a buscar uma nova abordagem de reabilitação na Itália, o método Perfetti, que trabalha a integração entre motora, cognitiva e sensorial. Giuliana percebeu que, apesar de andar, não sentia seus pés, o que foi um marco em sua recuperação. “Mesmo depois de sete meses, nunca tinha percebido que não sentia o meu pé”, revelou.
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A partir dessa experiência, ela decidiu trazer o método ao Brasil e fundou o Instituto Avencer. A instituição se concentra na formação de profissionais capacitados a aplicar a técnica de reabilitação neurocognitiva, com o objetivo de ajudar outras pessoas que passaram por situações semelhantes à sua. “O meu sonho é reunir pessoas que passaram pela mesma coisa e mostrar que há outra possibilidade, uma chance de saída”, afirmou Giuliana.
Hoje, além de seu trabalho no instituto, Giuliana continua compartilhando sua jornada e inspirando outras pessoas, destacando a importância do apoio e da reabilitação para vítimas de AVC.
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