A pequena Maya, de apenas 2 anos, tornou-se a doadora de órgãos mais jovem do Hospital Bruno Born (HBB), no Rio Grande do Sul. Com seu gesto generoso, a garotinha salvou a vida de três outras crianças.
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Seus pais, Rosana Bortoli Facchini, de 35 anos, e Luciano da Silva Staevie, de 45, transformaram um momento de extrema dor em um ato de compaixão e esperança. Maya faleceu em decorrência de meningite, mas seus órgãos permaneceram completamente saudáveis. Para Rosana, isso revela o verdadeiro propósito da curta jornada da filha. “A vida da nossa pequena salvou outras três. Imagino a felicidade das famílias que receberam as doações, e isso me conforta muito. Ela continua vivendo em outras crianças”, disse Rosana em entrevista ao Grupo Hora.
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Enquanto Maya ainda estava no hospital, Rosana orava por um milagre. “Eu dizia: ‘Filha, só fica aqui com a gente se for para ficar bem. Se for para você ficar dodói, vai com o Papai do Céu’”, lembrou. Em uma conversa com a pediatra, Rosana percebeu o verdadeiro propósito da filha. “A pediatra me disse: ‘Rosana, você não vai acreditar, todos os órgãos da Maya estão 100% saudáveis’. Naquele momento, me dei conta: essa era a missão da minha filha.”
A perda de Maya foi extremamente dolorosa, mas a decisão de doar seus órgãos trouxe algum consolo para seus pais, que veem o ato como uma forma de honrar a memória da filha. “O milagre que eu tanto pedi aconteceu, mas de uma forma diferente. Esse foi o milagre dela: salvar vidas com seus órgãos”, disse a mãe emocionada. Com a doação, três crianças foram salvas: uma menina recebeu o fígado, e outras duas crianças ganharam um rim cada uma.
Agora, Rosana e Luciano querem usar a história de Maya para conscientizar outras famílias sobre a importância da doação de órgãos. Rosana tem compartilhado em suas redes sociais a relevância da vacinação contra meningite, doença da qual Maya era vacinada, e defende a ampliação da oferta de outros tipos de imunizantes pelo SUS. O casal, que já tinha a intenção de ser doador de órgãos, reforça a importância de se discutir o tema. Eles esperam que, por meio da história de Maya, possam inspirar outras famílias a fazer o mesmo, continuando a salvar vidas em nome de sua filha, o pequeno “anjinho” que mudou suas vidas para sempre.
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