Com 2 meses de expectativa de vida, mulher com ‘ossos de vidro’ faz 37 anos: “Diagnóstico não é destino”

A empresária Amanda Brito Orleans, de 37 anos, desafiou as expectativas médicas e se tornou uma referência em inclusão e acessibilidade no Brasil. Diagnosticada com osteogênese imperfeita, condição conhecida como ‘ossos de vidro’, ela não apenas superou dificuldades físicas, mas também se tornou uma voz ativa na luta por direitos das pessoas com deficiência. Com base em sua experiência, ela criou a startup Instituto AB, que orienta empresas sobre diversidade e inclusão.

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Amanda foi diagnosticada ainda bebê e, desde então, enfrentou várias fraturas. “Eu nasci com osteogênese imperfeita. Ninguém sabia porque eu chorava mais do que as outras crianças. Quando começaram a investigar, descobriram que eu estava com duas fraturas”, relatou à Marie Claire. Na sequência, explica que sua condição resultou em um crescimento prejudicado e na impossibilidade de andar, mesmo após diversas cirurgias e acompanhamento fisioterápico.

A empresária utilizou uma cadeira de rodas a partir dos 18 anos, quando se mudou de Catu, na Bahia, para Salvador para estudar. “Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a cadeira de rodas não me aprisiona. Ela me dá autonomia para fazer o que eu quero”, afirmou. Os médicos inicialmente deram a ela uma expectativa de vida de apenas dois meses, mas, desafiando essas previsões, ela completou 37 anos. “O diagnóstico não é destino”, enfatizou.

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Amanda destacou a importância da educação em sua trajetória. “A educação foi a única oportunidade que eu tive de romper o ciclo de invisibilidade que afeta as pessoas com deficiência”, disse. No entanto, não deixou de enfrentar preconceitos. “Fui reprovada em todos os processos seletivos. Grande parte dos feedbacks que eu recebia não estavam associados a minha qualificação técnica, mas à minha deficiência”, explicou.

Após uma década no setor corporativo, Amanda e seu marido, Fabiano, fundaram o blog ‘Destinos Acessíveis’ em 2017, impulsionando suas carreiras na área de diversidade. “Não imaginávamos que ia tomar a proporção que tomou. Algumas empresas começaram a nos chamar para conduzir treinamentos”, contou.

Hoje, a empresária é sócia do Instituto AB, que já atendeu mais de 30 organizações e impactou mais de 64 mil profissionais em todo o Brasil. “O meu propósito é trabalhar para fazer parte da última geração das primeiras”, declarou.

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