Um caso incomum na medicina ganhou destaque nas redes sociais nesta quarta-feira (23). Em 2019, um homem de 40 anos, que havia emigrado do México para os Estados Unidos, procurou o departamento de emergência com queixas de cansaço extremo e anemia, que se agravaram nos três meses anteriores.
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Após uma investigação detalhada, os médicos constataram palidez nas mucosas orais e uma grave anemia. Exames laboratoriais revelaram um nível elevado de fosfatase alcalina e uma contagem alarmante de eosinófilos: 1.400 células por milímetro cúbico. Uma ultrassonografia abdominal indicou dilatação dos ductos biliares intra-hepáticos, e uma colangiopancreatografia por ressonância magnética revelou uma estenose hilar.
O ponto crítico ocorreu durante uma colangiopancreatografia endoscópica retrógrada, quando os médicos visualizaram grandes vermes achatados emergindo da papila duodenal maior. Essa descoberta levou à identificação dos parasitas como Fasciola hepatica, popularmente conhecida como “verme do fígado”. O caso foi relatado na The New England Journal of Medicine.
Esses parasitas se originam de ovos presentes nas fezes de animais hospedeiros, geralmente ovelhas, que contaminam águas doces. As larvas se desenvolvem em caramujos e se fixam à vegetação. Quando ingeridas por humanos, a infecção ocorre através do intestino, afetando o sistema hepatobiliar.
Após a extração dos vermes, o paciente foi tratado com transfusões de sangue e triclabendazole, um medicamento eficaz para essa infecção. Em cerca de um mês, houve uma melhora significativa no cansaço, e os níveis de anemia, eosinofilia e fosfatase alcalina foram normalizados.
Esse raro caso destaca os riscos do consumo de vegetais crus em áreas propensas a infecções parasitárias e ressalta a importância de uma avaliação médica rápida diante de sintomas como cansaço e anemia. Para quem tem estômago forte, o vídeo da extração dos vermes está disponível, proporcionando uma visão impactante das consequências de negligenciar medidas de prevenção.
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