Um recife de coral é um ecossistema complexo formado por corais, algas e outras espécies marinhas. Em um experimento inovador, cientistas criaram 40 “mesocosmos” em laboratório, sistemas que replicam a biodiversidade e as condições ambientais de um recife natural.
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Durante dois anos, esses mesocosmos foram expostos a diferentes níveis de temperatura e acidez para avaliar como reagiriam a esses estressores oceânicos em cenários de mudança climática.
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Os resultados desafiaram as expectativas. “Essas comunidades experimentais persistiram como novas formações de recifes, em vez de entrarem em colapso”, revelou Christopher Jury, pesquisador do Instituto de Biologia Marinha da Universidade do Havaí e autor principal do estudo.
Este desfecho foi surpreendente, pois quase todas as previsões sugeriam um colapso, com alta mortalidade de corais, dissolução líquida de carbonato e queda drástica na biodiversidade. “Nenhuma dessas projeções se concretizou neste estudo”, afirmou Jury.
A abordagem inclusiva do estudo pode explicar essa resiliência. “Em vez de focar em apenas uma ou duas espécies isoladas, incluímos a diversidade completa dos recifes, desde micróbios até algas, invertebrados e peixes, sob condições que refletem a realidade natural”, disse Rob Toonen, codiretor do Programa de Pós-Graduação em Biologia Marinha da Universidade do Havaí.
Apesar dos resultados promissores, os cientistas reforçam a importância de reduzir as emissões de carbono e mitigar a mudança climática para garantir a sobrevivência dos recifes. “Essas comunidades de recifes de corais devem mudar significativamente, mas o colapso é improvável se a mudança climática global for mantida dentro das metas do Acordo de Paris e os estressores locais forem adequadamente controlados”, concluiu Jury.
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