Samir e Elene Dias, de Mato Grosso, realizaram o sonho de serem pais após adotarem duas meninas gêmeas. O casal enfrentou diversas tentativas frustradas de engravidar, incluindo tratamentos para Síndrome do Ovário Policístico e endometriose profunda, doenças diagnosticadas na mulher, que hoje tem 36 anos. Em entrevista à Crescer, eles contam que em 2021, após uma cirurgia complicada, ela perdeu parte do útero e intestino, e então surgiu a decisão de iniciar o processo de adoção.
“Eu sempre tive muito receio porque a infertilidade era um problema meu — tinha receio da aceitação, se conseguiria amar e ser amada. Mas, para Samir, parecia ser mais simples. Ele me propôs com muita naturalidade. Uma amiga que também passou pelo processo, me auxiliou bastante. Tudo isso me encorajou e trouxe mais segurança”, disse Elene.
++ QUE SORTE! Ganhador da Mega-Sena aposta apenas R$ 5 reais e leva prêmio de R$ 201,9 milhões
Os dois se casaram em 2013 e começaram a tentar engravidar no ano seguinte, mas enfrentaram obstáculos médicos ao longo dos anos. Em 2021, após o diagnóstico de endometriose, Elene passou por tratamento hormonal, mas a cirurgia necessária resultou em complicações. Após o impacto da perda do útero da esposa, Samir sugeriu que eles considerassem adotar uma criança. “Nós amamos tanto as crianças da família e dos amigos que, muitas vezes, não têm vínculo biológico. Imagine um filho?”, argumentou.
Após o pedido de habilitação para adoção, o casal passou a esperar pela criança, lidando com a ansiedade que veio com o processo. “Muita ansiedade! Eu me preparei para ficar muitos anos esperando e procurei ocupar minha mente e meus dias”, contou Elene. A ligação do fórum, que indicava que haviam sido escolhidos para adotar, chegou com a surpresa de que o casal receberia duas crianças. “Eu fiquei em choque quando ligaram”, disse a mãe.
++ Cientistas restauram visão de pacientes com lesões na córnea usando células-tronco
O encontro com as gêmeas, Ana Cecília e Ana Laura, foi registrado e rapidamente se tornou viral nas redes sociais. “Eu fiquei tão nervoso que tremia. Foi emocionante demais”, lembrou Samir, sobre o momento. As pequenas, que estavam com apenas dois meses de idade, estavam em Rondônia, enquanto o casal havia se mudado recentemente para o Mato Grosso. A adaptação à vida com as duas meninas, que completaram 5 meses, tem sido positiva. “Ceci é espoleta, curiosa, chorona e risonha ao mesmo tempo! Laurinha é doce, observadora e tem o sorrisinho mais meigo que eu já vi”, descreveu Elene.
Por fim, eles compartilham uma mensagem para aqueles que também consideram a adoção: “Não tenha medo! Não enxergue a adoção como uma filiação inferior. Você será o pai ou a mãe e a criança será o seu filho, independentemente do DNA. O amor é infinito”.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Twitter e também no Instagram para mais notícias do 111Next.