A Itália enfrenta novamente a “tempestade de estorninhos” — milhões de aves migratórias que transformam o céu de Roma em uma dança fascinante, mas que deixam para trás um rastro desagradável de excrementos. Para moradores e turistas, o guarda-chuva se tornou um item essencial para circular pela cidade.
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Vindos do norte da Europa, os estorninhos buscam refúgio no sul do continente para escapar do frio. Durante o dia, eles se alimentam nas oliveiras do campo e, ao anoitecer, voltam à capital italiana, onde encontram um ambiente mais quente e seguro contra predadores.
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A situação se agravou nesta semana, quando parte da estrada ao longo do Rio Tibre precisou ser fechada devido ao acúmulo de excrementos das aves. Em busca de soluções, autoridades de Roma cogitam o uso de falcões para afastar os estorninhos e proteger o turismo e o comércio local. Segundo o departamento de sustentabilidade ambiental, essa seria uma medida “natural, ecológica e livre de crueldade”, conforme divulgado pelo jornal The Guardian.
No entanto, a proposta foi recebida com críticas de ativistas dos direitos dos animais. Rinaldo Sidoli, porta-voz da Animalisti Italiani, denunciou a iniciativa como cruel e ultrapassada, destacando que o uso de falcões violaria uma norma que proíbe a introdução de aves que não foram tratadas por centros autorizados de recuperação.
A cidade de Roma tem observado um aumento na presença de animais selvagens, como gaivotas atraídas pelo lixo do centro histórico e javalis que reviram pilhas de resíduos em busca de comida. Em maio, a administração municipal até anunciou o uso de ovelhas e outros animais para manter os gramados dos parques aparados, como parte de uma série de medidas para enfrentar o que muitos chamam de “zoológico urbano”.
Além dos estorninhos e das possíveis intervenções com falcões, a cidade luta contra uma série de problemas, como a coleta de lixo e as ruas esburacadas. Em outubro, milhares de romanos saíram às ruas em protesto contra o que consideram a “degradação” da cidade, apontando os desafios que a atual administração enfrenta na busca por soluções para a capital italiana.
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